Caoa Chery Tiggo 3X morre para dar lugar a elétricos feitos no Brasil
Marca paralisa fábrica de Jacareí (SP) a fim de adaptá-la para produzir veículos híbridos e elétricos. E promete eletrificar toda a gama até o fim de 2023
A Caoa Chery anunciou nesta quinta-feira (5) um ousado plano de produção nacional de veículos híbridos e elétricos. O objetivo, segundo a sociedade sino-brasileira, é “eletrificar todos os modelos de seu portfólio até o final de 2023”.
Segundo a fabricante, em comunicado oficial, a fábrica de Jacareí (SP) “passará por (...) adequação dos processos produtivos, que permitirá a introdução de novos produtos concebidos a partir de plataformas de última geração, equipados com propulsores híbridos ou 100% elétricos”.
“Para que as mudanças ocorram de forma efetiva, a Caoa Chery informa a parada temporária da unidade fabril de Jacareí (SP). A suspensão das atividades tem como objetivo ajustar os processos produtivos da planta para novos modelos com tecnologias híbridas e elétricas, visando a modernização e atualização das linhas de produção”, segue o texto.
Em outras palavras, a produção de Jacareí ficará interrompida por alguns meses, o que significa o fim de linha do SUV pequeno Tiggo 3X, que tinha menos de um ano de vida no país. A informação foi confirmada à Mobiauto pela fabricante.
O mesmo ocorrerá oficialmente com Tiggo 2 e Arrizo 5, que também eram montados em Jacareí e ainda constam no site oficial da Caoa Chery, mas já haviam tido suas produções encerradas no fim do ano passado.
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Já os sedans médios Arrizo 6 e Arrizo 6 Pro, este último lançado há pouco mais de seis meses, passarão a vir importados da China.
Ainda de acordo com a fabricante, “a pausa nos processos industriais de Jacareí será compensada pela intensificação da produção da planta industrial em Anápolis (GO), que está sendo preparada para novos lançamentos já no segundo semestre. Com isso, a Caoa Chery mantém sua meta de comercializar 60.000 unidades no mercado nacional em 2022”.
Missão não cumprida
O Tiggo 3X foi lançado em maio do ano passado com o objetivo de emplacar cerca de 1.000 unidades por mês, tornando-se assim o modelo mais vendido pela Caoa Chery no país. Com o mercado de modelos populares em baixa, o modelo não conseguiu cumprir sua missão.
Foram 4.676 unidades emplacadas ao longo de sete meses cheios de vendas no ano passado, o que se traduz em uma média de 668 exemplares/mês. Nos primeiros quatro meses deste ano, foram 3.073 veículos comercializados ao todo, perfazendo 768 ao mês.
Imagens: Divulgação/Caoa Chery
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