Caoa Chery Tiggo 5x: os principais problemas, segundo os donos

Com pouco mais de três anos no mercado, SUV compacto é o carro da marca mais vendido no país, mas apresenta defeitos comuns

JC
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25.01.2022 às 11:00 • Atualizado em 29.05.2024
Com pouco mais de três anos no mercado, SUV compacto é o carro da marca mais vendido no país, mas apresenta defeitos comuns

Por Fernando Miragaya

A Caoa Chery não tem do que reclamar nos últimos anos. Criada em 2017, a marca sino-brasileira já ultrapassou fabricantes mais “antigas” no país - como Peugeot, Citroën e Ford - nos volumes de emplacamentos de veículos de passeio. 

Um dos principais responsáveis pelas boas vendas da sociedade é o Tiggo 5x, o carro da vez na série da Mobiauto “Principais problemas, segundo os donos”. Produzido em Anápolis (GO), o SUV compacto foi lançado em dezembro de 2018 e, no fim de 2020, passou por uma reestilização. 

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Em 2021, segundo dados da Fenabrave - entidade que reúne as concessionárias autorizadas do país -, anotou 12.555 unidades emplacadas. Foi só o 12o SUV mais vendido no Brasil, mas isso pouco importa. Afinal, foi o carro-chefe - sem trocadilhos - da Caoa Chery no mercado. 

O Tiggo 5x respondeu por mais de um terço de todas as vendas do fabricante por aqui no ano passado e ajudou a marca (que tem pouco mais de quatro anos de vida, lembremos) a conquistar significativos 2,5% de participação no mercado nacional, além de um honroso décimo lugar entre as marcas de carro de passeio mais populares no país.

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Vendido em versão única, TXS, por R$ 140.990, o Tiggo 5x usa um motor turboflex 1.5 com 147/150 cv de potência e 21,3/21,4 kgfm de torque (gasolina/etanol). O câmbio é o automatizado de dupla embreagem com seis marchas. Sua origem é a mesma do Powershift, que equipou (e deu muita dor de cabeça aos donos de) carros da Ford no Brasil.

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É justamente o comportamento dessa caixa uma das queixas mais comuns em relação ao Tiggo 5x. Mas o SUV também tem outros problemas recorrentes, em especial em relação a panes elétricas e a travamentos constantes da central multimídia. 

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As reclamações foram coletadas no site do Reclame Aqui e em fóruns e grupos de donos do utilitário esportivo. Interessante frisar que, no referido site de suporte ao consumidor, as queixas - em geral - são respondidas e, algumas, solucionadas.

Ainda neste primeiro semestre, o Tiggo 5x deve ser o próximo Caoa Chery a ser reestilizado e receber o indefectível sobrenome Pro, como já aconteceu com Tiggo 7 e Arrizo 6

A remodelação vai incluir, além do facelift e de mudanças profundas no acabamento, a troca da controversa caixa automatizada pelo câmbio CVT com nove marchas simuladas que equipa vários modelos da marca por aqui.

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Pane elétrica

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O site do Reclame Aqui está repleto de queixas de donos do Tiggo 5x que não conseguem dar a partida no SUV. São casos de modelos que simplesmente não pegam de um dia para o outro, deixando muitos clientes na mão.

Boa parte das ocorrências envolve a descarga completa da bateria em veículos com menos de três meses. Há relatos de que a peça descarrega depois que o carro fica parado por mais de dois dias. 

Em alguns casos, o serviço detectou justamente problema nas baterias e muitos tiveram resposta da Caoa Chey. Alguns dos casos registrados foram solucionados, enquanto em o defeito persiste.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4, Caso 5 e Caso 6 

Câmbio

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A Caoa Chery jura que o câmbio DCT6 é apenas baseado no projeto que originou a caixa Powershift usada em modelos como EcoSport, Fiesta e Focus. Fato é que, no Tiggo 5X, essa transmissão automatizada de seis marchas e dupla embreagem também causa dor de cabeça. Não da mesma forma que ocorria na Ford, mas em menor grau.

É comum ver donos de unidades do SUV, muitas vezes com menos de 5.000 km rodados,  relatarem trancos excessivos, travamentos em modo “Drive” e na marcha à ré, excesso de trepidação da alavanca e até superaquecimento do sistema. Também existem casos em que o veículo demora a responder e patina nas acelerações.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4 e Caso 5

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Multimídia

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Aqui, as queixas vão além do fato de o espelhamento não aceitar o Android Auto de aparelhos da Samsung (algo que a Caoa Chery tentou corrigir com a atualização do sistema no facelift da linha 2021).

Muitos usuários reclamam mesmo é que a central multimídia dá bugs constantes. Além disso, são comuns as reclamações de travamento do dispositivo e até a temida “tela preta”. Boa parte dos casos foi respondida ou solucionada.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4, Caso 5 e Caso 6

Freios

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Trepidação excessiva e barulhos anormais ao frear são outras queixas comuns de proprietários do Tiggo 5x. Alguns motoristas constatam o problema, inclusive, nas primeiras semanas de uso. Poucos casos foram solucionados até agora, apesar de terem passado pelas oficinas das concessionárias. Boa parte das ocorrências ainda está em análise.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3 e Caso 4

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Volante descascando

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Dono de Tiggo 5x que teve o volante do carro trocado não é raro. Isso porque há diversas queixas de problemas no acabamento da peça. 

Segundo os relatos no Reclame Aqui, as partes de couro do aro da direção começam a se soltar com poucos meses de uso. Há, ainda, alguns depoimentos sobre problemas nos revestimentos cromados do mesmo volante.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4 e Caso 5

Recall

O Tiggo 5x passou por um recall recente. Em março de 2021, a Caoa Chery convocou proprietários do SUV fabricados entre 11 de janeiro e 12 de abril de 2019, com numeração não sequencial de chassis de LB000224 a LB001159, para troca dos balancins ou dos cabeçotes do motor. O mesmo chamado envolveu os modelos Arrizo 5 e Tiggo 7.

Segundo a marca, os balancins do motor podem apresentar desgaste excessivo, ruídos anormais e causar redução do torque até a parada repentina do funcionamento. No caso do SUV compacto, são 96 unidades que podem apresentar o problema.

O recall prevê a troca dos balancins. Em casos mais graves, todo o cabeçote do propulsor 1.5 turboflex poderá ser substituído. Mais informações pelo telefone do SAC da montadora 0800-772-4379 ou pelo site www.caoachery.com.br.

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