Como a BMW fez este SUV mudar de cor sem efeitos especiais

ix Flow, conceito apresentado no CES, surpreende por trocar o tom da carroceria como se fosse um camaleão. Entenda como isso é possível

Renan Bandeira
Por
06.01.2022 às 15:42 • Atualizado em 29.05.2024

Quem nunca pensou em mudar a cor do carro, mas desistiu por ser burocrático demais? A BMW parece ter pensado em uma solução para isso e apresentou um conceito cuja carroceria muda completamente de cor no CES (Consumer Eletronic Show) 2022.

Na feira anual de tecnologia realizada em Las Vegas, Estados Unidos, a marca alemã usou seu novo SUV iX Flow como cobaia para a demonstração e deu o nome de E Ink para a tecnologia. 

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O sistema alterna as cores do SUV entre branco, preto e cinza (para deleite dos conservadores consumidores brasileiros). Tudo a partir de um simples comando do motorista. De acordo com a fabricante, a carroceria do veículo é coberta por milhões de microcápsulas - do diâmetro de um fio de cabelo humano. 

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Elas são divididas em pigmentos brancos, de carga negativa, ou pretos, de carga positiva (parecido com o que vemos nos papéis eletrônicos em e-books). O tom cinza, no caso, é formado a partir de uma mescla dos dois outros tons.

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Depois que o motorista escolhe a configuração, um campo elétrico estimula as cápsulas a subirem à superfície da lataria. Como elas têm cargas energéticas diferentes, cada grupo (branco ou preto) reage de uma forma a esse estímulo. Então, temos a troca de cor.

Para quem achou que o carro camaleão da BMW é fake, saiba que ele é real. O sistema muda realmente de cor, diferente de alguns vídeos falsos que surgiram nas redes sociais no passado, com carros mudando a tonalidade da carroceria em passe de mágica. 

Os órgãos legisladores de trânsito que se virem na hora de registrar um carro assim…

Leia também: Avaliação: VW ID.4, como anda o primeiro SUV elétrico da marca?

Ganho não é só visual

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Segundo a BMW, além de tornar o iX Flow um carro-camaleão, a tecnologia de pintura por microcápsulas magnéticas pode deixar o veículo mais eficiente. Isso porque as pinturas mais escuras, como a preta, absorvem mais a luz e, consequentemente, o calor.

Enquanto isso, as cores mais claras, como a branca, refletem mais a luz e, obviamente, não contribuem tanto para o aquecimento do carro. Com a possibilidade de escolher a cor da carroceria, o veículo pode ser mais econômico por exigir menos do ar-condicionado, por exemplo.

O inovador sistema mescla, por enquanto, apenas as cores preta e branca, mas deve aumentar o leque de opções. A empresa alemã garante que ele não precisa de alimentação constante de energia para manter a coloração, demandando corrente elétrica apenas durante a alteração da pigmentação.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que a BMW inova no quesito pintura. Em 2019, a montadora apresentou o X6 Vantablack, pintado com a tinta mais preta do mundo.

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Formado em mecânica pelo Senai e jornalismo pela Metodista, está no setor há 5 anos. Tem passagens por Quatro Rodas e Autoesporte, e já conquistou três prêmios SAE Brasil de Jornalismo. Na garagem, um Gol 1993 é seu xodó.

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