5 formas de economizar até 50% de combustível sem instalar nada no carro
Em tempos de preços de gasolina, etanol e diesel nas alturas, estas medidas simples te ajudarão a visitar o posto com menos frequência
Mal começamos o terceiro mês de 2021 e a Petrobras já anunciou o sexto reajuste no preço dos combustíveis no ano. Em algumas regiões do Brasil, o litro da gasolina já supera os R$ 6 e, em casos extremos, alcança R$ 7. E se você pensa que o etanol está imune aos reajustes, engana-se: o preço do biocombustível derivado da cana vem subindo no mesmo ritmo.
Em tempos de pandemia, renda deprimida e pressão inflacionária em várias frentes, adotar um estilo de condução que priorize a economia de combustível pode ser uma saída para gastar até 50% menos do que antes. Isso mesmo sendo proprietário de um modelo mais beberrão.
Não acredita? Então veja (ou relembre) este teste de consumo que fizemos com um Renault Duster Iconic 1.6 CVT no fim do ano passado. Estamos falando de um SUV com nota D relativa à categoria no PBEV (Programa de Etiquetagem Veicular) do Inmetro.
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Rodando com etanol no tanque, alcançamos naquela oportunidade uma média superior a 9 km/l com etanol em ciclo misto, mesclando trechos de cidade com rodovia e até uma subida de serra em estrada de terra. Tudo seguindo dicas simples de condução econômica.
Quando rodamos sem preocupação alguma com o consumo, a autonomia despencou para menos de 6 km/l, uma queda de 53%. No Inmetro, o modelo registra médias de 7,2 km/l na cidade e 7,8 km/l em rodovias com o combustível vegetal. Quando usa gasolina, alcança 10,7 e 11,1 km/k, respectivamente, de acordo com o programa.
Como melhorar o rendimento do combustível em seu carro sem precisar instalar nenhum kit ou componente que promete resultados milagrosos, como os controversos vaporizadores de combustível? Na reportagem que linkamos acima já há algumas dicas, mas vamos uni-las a algumas outras nesta lista. Confira:
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Dose o pé no acelerador
Como demonstramos em nosso teste de consumo com o Duster, saber controlar o nível de pressão do pé sobre o pedal do acelerador é fundamental, principalmente nas arrancadas e retomadas a velocidades mais baixas no trânsito pesado da cidade.
Quando estiver para arrancar de um sinal vermelho, vale a reflexão: “Preciso mesmo afundar o pé para sair daqui? Estou mesmo com pressa?”. Da mesma forma, em uma avenida maior ou numa rodovia, o que conta mais é a fluidez e a velocidade constante.
Sendo assim, quanto mais o motorista adota uma postura de acelerar e frear o tempo inteiro atrás de outros carros, mais gastará combustível.
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Antecipe frenagens e desacelerações
Pode parecer um contrassenso, mas é fato: quanto mais você usa os freios, provavelmente mais combustível está desperdiçando. Por um simples motivo: quem usa os freios sem parcimônia é geralmente porque está acelerando mais do que devia e deixando para parar o veículo muito em cima de obstáculos, conversões, preferenciais ou faróis.
Uma boa dica é se antecipar ao máximo aos pontos de desaceleração. Vai virar à direita na próxima esquina? O farol fechou? Há um sinal de Pare 100 metros adiante? Que tal tirar o pé alguns metros antes do que você faria originalmente e ir freando aos poucos até chegar à curva? Isso vai fazê-lo poupar não apenas combustível, mas também freios.
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Na marcha certa (e sem banguela)
Seu carro é manual? Fique atento à marcha engatada. Modelos mais modernos costumam contar com indicador de troca no computador de bordo. Não despreze essa ferramenta. O ideal é estar sempre rodando com o motor entre 1.500 e 2.000 rpm na cidade. Claro que nem sempre é possível, especialmente em subidas, mas não ignore o conta-giros.
Ao descer uma ladeira, outro procedimento recomendado é deixar o veículo engrenado e nunca com rodas livres. Esqueça aquela conversa de que a banguela economiza combustível: isso pertence ao passado dos automóveis carburados. A injeção eletrônica inverteu essa lógica.
Com ela, se o veículo está em movimento, engrenado e sem o pé no acelerador, a própria relação de marchas manterá o motor em movimento e o fluxo de combustível será cortado. Com o câmbio em neutro, será preciso injetar combustível para manter seu funcionamento em marcha lenta.
E, mais uma vez, carro engrenado na descida significa freio-motor operante, o que também te fará gastar menos freio.
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Cuidados ao encher o tanque
Vai usar o carro apenas em perímetro urbano? Talvez não valha a pena encher o tanque, mas sim abastecê-lo até a metade ou três quartos de sua capacidade. Por quê? Simples: quanto mais combustível, mais pesado fica o carro. E quanto mais pesado, de mais combustível ele precisará para sair da inércia e entrar em movimento.
É claro que esta dica depende de outro fator não menos relevante: com os preços sendo reajustados quase semanal ou quinzenalmente, como estamos vivenciando agora, talvez encher o tanque seja, sim, a melhor pedida.
Outro cálculo importante, caso seu carro seja flex, é para saber se vale mais a pena colocar gasolina ou etanol. O número mágico aqui é 70% e a conta é simples: divida o preço do combustível vegetal na bomba pelo derivado do petróleo. Se o resultado foi inferior a 0,7, peça etanol ao frentista sem medo. Caso contrário, vá de gasolina.
Um cuidado nessa hora é não permitir que o frentista encha o tanque até a borda, respeitando o limite da trava. Combustível em excesso pode inundar o cânister, tirando dele a capacidade de filtrar os vapores. Além disso, pode fazer com que o carvão do cânister se solte e vá parar dentro do compartimento e, dele, vá para as galerias e o motor. Aí será problema na certa.
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Não deixe o tanque na reserva
Se encher o tanque pode ou não valer a pena, deixar o veículo transitando o tempo todo na reserva com certeza é prejuízo. Isso porque o baixo nível de combustível no reservatório propicia um aumento nas taxas de vaporização, o que significa desperdício de um líquido que, como estamos observando, não anda lá muito barato.
Para piorar, as partículas e sujidades depositadas no fundo do local ganham mais chances de serem sugadas para o filtro, levando-o a entupir (o que sobrecarrega a bomba), ou até a passar por ele e chegar às galerias e o motor. De novo: problema na certa. Em resumo, o ideal é tentar não deixar o tanque com menos de um quarto de sua capacidade preenchida.
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