Audi e-tron GT é mais forte que um R8, mas tem inveja do ronco do V10
Carro mais potente da história da marca é elétrico e virá ao Brasil, mas sente tanta falta do motor a combustão que até simula o som de um
A Audi apresentou oficialmente, nesta terça-feira (9), mais um veículo de sua família de elétricos, o e-tron GT. O novo modelo é um sedan cupê de quatro portas e chega para aumentar o leque de opções no catálogo de veículos 100% elétricos da marca. E ele vem para o Brasil, conforme já havia sido adiantado pela Mobiauto.
Durante a world première, a marca alemã revelou o modelo em duas versões: e-tron GT quattro e RS e-tron GT. A primeira delas é mais “mansa”, entregando 476 cv de potência e 64,2 kgfm de torque. Já a segunda oferece 598 cv e 84,6 kgfm.
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Acionando o controle de largada, a brincadeira fica ainda mais insana e a potência das variantes salta para 530 cv e 65,3 kgfm, no caso do GT quattro, sendo 646 cv para o RS e-tron GT (o torque se mantém igual).
Dessa forma, o elétrico se torna o veículo mais potente já feito pela marca, superando os 610 cv e 57,1 kgfm gerados pelo enorme V10 5.2 do esportivo R8.
Com potência e torque imediatos e o coeficiente de arrasto de apenas 0,24, a versão convencional do modelo acelera de 0 a 100 km/h em 4,1 s e atinge a máxima de 245 km/h. Já a mais poderosa chega à mesma velocidade em 3,3 s e bate 250 km/h (máximas controladas eletronicamente em ambos os casos).
Os motores elétricos são alimentados por um sistema de baterias de alta voltagem que podem armazenar até 85 kWh. Ele é composta por 396 células e fica localizado no assoalho, entre os eixos do Audi, garantindo um centro de gravidade baixo e a distribuição de peso em quase 50/50 entre os eixos.
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Tudo isso, segundo a Audi, melhorará a condução esportiva e a atuação da tração integral. Falando em baterias, estas podem ter 80% de sua capacidade recuperados em pouco mais de 20 minutos em um posto de recarga ultrarrápida.
Ou, ainda, é possível recuperar 100 km da autonomia do GT em apenas cinco minutos. Com carga completa, a autonomia chega a 487 km no rigoroso ciclo WLTP, adotado pelos países europeus como parâmetro de medição.
O visual do e-tron GT é futurista e agressivo, com grandes tomadas de ar (que, o seu caso, servem apenas para os freios) e assinaturas de LED nos faróis e lanternas – estas últimas interligadas por uma faixa funcional horizontal.
Analisando as imagens, é possível notar uma semelhança de silhueta entre e-tron GT e Porsche Taycan. Mas essa similitude entre os veículos vai além do visual, já que os modelos contam com outro ponto em comum: a estrutura.
Ambos são construídos sobre a plataforma de esportivos elétricos do grupo Volkswagen, ao qual pertencem Audi e Porsche. Essa base é diferente da oferecida pelos e-tron com carroceria SUV e Sportback, por exemplo. Veja as dimensões:
e-tron Sportback: 4,901 m de comprimento; 1,935 m de largura; 1,616 m de altura e 2,928 m de entre-eixos.
e-tron GT: 4,99 m de comprimento, 1,96 m de largura, 1,41 m de altura e 2,9 m de entre-eixos
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Se por fora os irmãos se parecem, por dentro nem tanto. A Audi alinhou as telas do painel de instrumentos e da central multimídia MMI Touch, diferente de como os sistemas ficam dispostos no Taycan.
Além disso, inclinou a estrutura dos mostradores do Audi virtual cockpit para melhorar a visualização e condução do motorista.
Ah, e se dirigir um elétrico não te apetece por falta do ronco dos poderosos motores superpotentes, seus problemas acabaram.
A versão quattro do e-tron GT é equipada com duas unidades de controle e amplificadores no bagageiro, que trabalham dados de carga, velocidade do veículo e rotação dos motores para emular um ronco esportivo na cabine, que ainda pode ser regulado pelo Audi drive select.
A marca não informou quando o modelo chegará ao Brasil, mas a previsão é de que seu desembarque aconteça no segundo semestre deste ano.
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