Chevrolet Chevette SR estreou motor 1.6 para tirar 3 segundos do 0 a 100 km/h
Hatch era a quarta geração do Opel Kadett, mas foi renomeado no Brasil
O GM Chevette foi lançado no Brasil em 1973. Era a quarta geração do Opel Kadett, rebatizado pela GMB a fim de evitar qualquer associação à patente militar. O modelo fez muito sucesso pelo conforto, estilo e robustez, que foi comprovada com o passar dos anos, e com sua tração traseira, angariou fãs pela facilidade de uso em pisos difíceis, sendo um concorrente direto dos VW a ar, imbatíveis neste tipo de terreno, ou mesmo para manobras mais audaciosas e exibicionistas de alguns garotos aventureiros.
Seu primeiro facelift foi apenas na dianteira em 1978, trazendo linhas mais fluidas e em compasso com os modelos mundo a fora. Em 1979 veio a reformulação de sua traseira com o lançamento da linha 1980 (coisas dos anos 70 e 80), ano em era lançada a versão Hatch, com um design que agradou bastante, mesmo com sua ineficiente ergonomia, porta-malas pequeno e alto consumo.
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Em 1980 era enfim lançado o primeiro GM Chevette realmente esportivo. Digo isso pois o Chevette GP de 1976 tinha roupa esportiva, mas seu motor 1.4 com carburação dupla de 72 cv SAE (60,4 cv ABNT) a 5.800 rpm e 10,8 kgfm de torque a 3.800 rpm era fraco para seus 890 kg. O modelo chegava a 100 km/h em 19,50 segundos, e tinha velocidade máxima de apenas 142 km/h.
Lançado como linha 1981, o Chevette SR inaugurava à linha o motor 1.6. Este motor não fazia milagres, mas trazia 80 cv SAE (67,2cv ABNT) a 5.800 rpm e 11,6 kgfm de torque a 3.600 rpm, capaz de levar o hatch de 898 kg a 100km/h em 16,5 s e a 148 km/h de velocidade máxima, consumindo menos combustível. Com gasolina, fazia 10,2 km/l na cidade e 14,2 km/l na estrada, ante 9,1 km/l e 13,3 km/l respectivamente da versão 1.4. Se tivesse câmbio de 5 marchas, seria ainda mais econômico.
Além de mais eficiente, o modelo era prazeroso de dirigir, com um comportamento bastante neutro graças ao torque enviado às rodas traseiras e barras estabilizadoras mais espessas. Sua ergonomia continuava a mesma, com volante inclinado à esquerda, pedais deslocados, e câmbio invadindo parte do assoalho dianteiro, mas com engates secos e precisos, bastante elogiado por isso.
O painel era bastante completo, com vacuômetro, conta giros, marcador de combustível, relógio analógico, termômetro e voltímetro. O velocímetro indicava otimistas 180 km/h de velocidade máxima.
No interior, estampa xadrez dos bancos e forros de porta casando bem com o revestimento preto, além do volante de 4 raios de design muito agradável. Externamente o modelo era identificado pelas combinações de cores: Preto Formal com detalhes em prata ou Prata Diamantina com detalhes em preto fosco, com a logotipia lateral em degrade e um enorme SR estampado.
Atrás, um aerofólio ia à tampa, com a logotipia 1.6 à esquerda e Chevette SR à direita, em vermelho. O modelo podia vir com rodas de aço estampado na cor grafite ou rodas de liga leve, ambas de aro 13 com pneus 175/70 radiais.
Em sua configuração 2+2, o modelo era perfeito para casais ou solteiros, que que o espaço traseiro era comprometido pelo eixo cardan e seu porta-malas tinha apenas 254 litros de capacidade, além de ser bastante raso.
Custando em novembro de 1980 Cr$ 380.012,00, equivalentes hoje a R$ 124.214,08, resultado da Correção pelo IGP-DI (FGV), o modelo era para poucos. De acordo com o Denatran, existem registrados apenas 399 unidades, sendo 101 unidades fabricadas em 1980, 263 unidades fabricadas em 1981 e 35 unidades fabricadas em 1982, ano em que o modelo foi descontinuado.
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Leonardo França é formado em gestão de pessoas, tem pós-graduação em comunicação e MKT e vive o jornalismo desde a adolescência. Atua como BPO, e há 20 anos, ajuda pessoas a comprar carros em ótimo estado e de maneira racional. Tem por missão levar a informação de forma simples e didática. É criador do canal Autos Originais e colaborador em outras mídias de comunicação.
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