Chevrolet Kadett Lite: como era a versão básica posicionada acima do Chevette

Versão do Kadett era pelada e opção para quem queria o hatch e queria poupar o bolso

LA
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13.11.2024 às 23:06 • Atualizado em 27.11.2024
Versão do Kadett era pelada e opção para quem queria o hatch e queria poupar o bolso

(reprodução/propagandasdecarros.com)

Em 1989 chegava ao Brasil a sexta geração do Kadett, modelo produzido desde 1938 pela Opel. O veículo já era nosso conhecido, afinal, rodava no Brasil desde 1973 em sua quarta geração, intitulada como Chevette. Esta alteração de nome foi uma estratégia da GM para evitar a comparação com patentes do exército no regime militar, e acabou possibilitando, anos depois, a coexistência de duas gerações do mesmo carro, por pelo menos, quatro anos.

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Em sua quarta geração foi lançado com motor 1.4 a gasolina de 68 cv SAE (56 cv ABNT) a 5.800 rpm e 9,8 kgfm de torque a 3.800 rpm, capaz de levar o compacto sedan de 0 a 100 km/h em 19,10 segundos, e a 140,2 km/h de velocidade máxima, números muito bons para o início dos anos 70. Seu câmbio era de quatro marchas e tinha tração traseira.

A sexta geração era bem mais moderna. Com tração dianteira e duas opções de câmbio, sendo um manual de cinco marchas ou um automático de três e um coeficiente de penetração (Cx) de apenas 0,32, ante 0,34 do Uno CS a modo de comparação, o Kadett passava a ser o carro mais eficiente em aerodinâmica do Brasil, e logo viraria sonho de consumo da classe média.

Nas versões SL e SLE, trazia um motor 1.8 a etanol ou gasolina, de 95 cv a 5.800 rpm com 14,3 kgfm de torque a 3.000 rpm, capaz de levar o modelo a 168,5 km/h e fazer de 0 a 100 km/h em 12,22 s na versão a etanol. Com gasolina, fazia 9,35 km/l na cidade e bons 15,6 km/l na estrada, números respeitáveis para a cilindrada. Seu tanque tinha capacidade para 47 litros de combustível.

 

Ainda tinha a versão esportiva, dotada de um motor 2.0 movido exclusivamente a etanol de 99 cv a 5.600 rpm e 16,2 kgfm de torque a 3.500 rpm, capaz de levar o belo esportivo de 0 a 100km/h em 10,38 s e 174,8 km/h de velocidade máxima. No final do mesmo ano, era lançada a Ipanema, uma perua, então com duas portas, nas versões SL e SLE.

 

Para a linha 1992, os modelos aposentavam o carburador, onde as versões SL e SLE (ainda com motor 1.8), passavam a ter, com gasolina, 98 cv a 5.800 rpm com 14,6 kgfm de torque a 3.600 rpm, capaz de levar os modelos a 169 km/h e de 0 a 100km/h em 11,8 s. Era uma melhora sensível no desempenho, mas com uma dirigibilidade mais suave graças à injeção eletrônica monoponto EFI.

O modelo esportivo passava a se chamar GSi, em alusão à injeção eletrônica Multiponto MPFI. Agora movido a gasolina, seu motor 2.0 desenvolvia bons 121 cv a 5.400 rpm e 17,6 kgfm de torque a 3.000 rpm, capaz de levar o esportivo de 0 a 100 km/h em 9,8 s e 181 km/h de velocidade máxima.

 

A quarta geração se despedia do mercado em 12 de novembro de 1993, quando deixou a linha de produção o último Chevette L. Com o lançamento de seu substituto direto Chevrolet Corsa previsto apenas para fevereiro, a GM apresentou ao mercado o Chevrolet Kadett Lite, uma versão posicionada abaixo da GL, a mais barata da linha.

 

Fabricado como modelo 1994, usava a mecânica das versões GL e GLS, fosse a etanol ou a gasolina, era dotado da mesma injeção eletrônica EFI, e acreditem, àquele tempo, esse era um forte argumento, já que muitos modelos ainda eram alimentados por carburador. O modelo era bastante espartano, e trazia apenas os equipamentos básicos.

Externamente, era desprovido de frisos laterais, trazendo apenas a logotipia de identificação “Kadett Lite” em adesivo, impresso na porta, próximo aos paralamas dianteiros, além de rodas de ferro de 13 polegadas com calotas centrais, calçadas com pneus 165/80. Atrás, haviam adesivos na tampa do porta-malas, sendo Lite 1.8 E.F.I do lado esquerdo e Chevrolet do lado direito.

(reprodução/Reginaldo de Campinas)

O modelo trazia as atualizações da linha 1994, como o novo volante de dois raios e tanque para 60 litros de combustível. Seu forro de porta era em vinil, com costura eletrônica, e forração dos bancos em padronagem exclusiva, em tecido, e lhe faltava a tampa do porta-luvas.

Como itens de série, apenas câmbio de cinco velocidades, pré-disposição para rádio, desembaçador traseiro, bagagito interno (ou tampão do porta-malas) e retrovisores externos com regulagem interna manual. Como opcionais, o modelo oferecia rádio AM/FM com código de segurança, vidros verdes, vidros traseiros laterais basculantes, limpador e lavador elétrico do vidro traseiro, além de alarme antifurto.  O modelo era disponível nas cores Branco Nepal, Cinza Asturias, Preto Liszt, Verde Grieg, Vermelho Creta, Vermelho Shumman e Prata Argenta.

 

(reprodução/Reginaldo de Campinas)

Quando o Corsa finalmente chegou ao mercado, o modelo foi reposicionado, e se manteve mais alguns meses em produção, até sair de linha definitivamente. Ao todo, existem registrados no Denatran 7.431 unidades fabricadas em 1993 e 11.827 unidades fabricadas em 1994. Achar um Kadett Lite original é um desafio, já que sua grande maioria recebeu acessórios estéticos das versões superiores. Este é, sem dúvidas, o Kadett mais raro e básico da linha.

 Este texto contém análises e opiniões pessoais do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Mobiauto.

"Leonardo França é formado em gestão de pessoas, tem pós-graduação em comunicação e MKT e vive o jornalismo desde a adolescência. Atua como Consultor Organizacional na FS-França Serviços, e há 21 anos, também como consultor automotivo, ajudando pessoas a comprar carros em ótimo estado e de maneira racional. Tem por missão levar a informação de forma simples e didática. É criador do canal Autos Originais e colaborador em outras mídias de comunicação."

https://www.instagram.com/autosoriginais

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