Cinco tecnologias de carros novos que são bem mais velhas do que parecem
Estes itens têm se popularizado só agora entre modelos nacionais, mas foram inventados muito antes do que imaginamos
Nos últimos anos, os carros nacionais sofreram transformações. Diversos equipamentos foram adicionados. Itens de segurança, comodidade e conforto. Essa também é uma das causas da disparada nos preços.
No entanto, muito do que pode ser considerado mais moderno em um veículo já existe há algum tempo. Por exemplo, o sistema de espelhamento de celulares na central multimídia, o Apple CarPlay, surgiu em 2014, na Ferrari FF.
Pensando nisso, separamos cinco itens que estão se tornando mais presentes nos carros nacionais, mas já existem há certo tempo. Confira abaixo.
Airbags laterais
São poucos os carros vendidos no Brasil que ainda possuem apenas os airbags frontais. Até mesmo o Renault Kwid já é equipado com quatro airbags, apesar do Citroen C3 ter optado apenas pelas bolsas obrigatórias.
No entanto, os quatro airbags estão presentes em carros desde 1995, com o Volvo 850. Caso consideremos o airbag de cortina, os BMW Série 5 e 7 oferecem o equipamento como item de série desde 1997.
Câmera de ré
A câmera de ré está presente em nossos carros há tanto tempo que é difícil até precisar desde quando, mas ela se popularizou muito nos últimos anos, até mesmo pela forte presença e facilidade de instalação no mercado de pós-venda.
A sai invenção remete a 1956, quando a General Motors apresentou o Buick Centurion, um carro conceito com uma enorme câmera de ré, das usadas em televisão à época, além de um TV de cinco polegadas instalada no painel. O primeiro carro de produção com câmera de ré só apareceu em 1991, no Japão, com o Toyota Soarer Limited.
Carro híbrido
Desde a chegada do Toyota Corolla híbrido flex, muito se fala de marcas investindo nesse caminho. As regras de emissões e as exigências do consumidor forçam cada vez mais rumo ao carro elétrico, mas com uma importante passagem pelos híbridos.
No entanto, essa, definitivamente, não é uma tecnologia nova. A Porsche foi a responsável pela criação do primeiro modelo desse tipo. Na verdade, mais de um. Em 1898, Ferdinand Porsche apresentou o P1, uma espécie de carroça elétrica e não parou por aí.
O Porsche Semper Vivus, revelado em 1901, é considerado o primeiro híbrido do mundo e dispunha de um conjunto que pode ser considerado moderno até os dias atuais. O Porsche utilizava o motor a combustão para gerar energia elétrica para os motores posicionados nas rodas.
Frenagem autônoma de emergência
A história do assistente de frenagem de emergência é um pouco mais conturbada e difícil de precisar o ponto inicial. Há sistemas registrados em 1990, enquanto a evolução, com o uso de um radar, apareceu em 1995 com engenheiros do HRL Laboratories, que pertence à General Motores desde 1985, com participação da Boeing a partir do ano 2000.
No entanto, a primeira marca a aplicar frenagem automática foi a Honda em 2003. O Sistema de Frenagem para Mitigação de Colisão – sim, este era o nome, foi introduzido no sedan Ispire e logo depois em modelos Acura. O sistema possuía três níveis de alerta, permitia a frenagem total ou ao menos a mitigação do acidente e contava também com o pré-tensionador dos cintos de segurança.
Controle de Cruzeiro Adaptativo – ACC
O controle de cruzeiro adaptativo, que é capaz de ler objetos ao redor do modelo e controlar a aceleração, frenagem e as trocas de marchas, remete muito à discussão sobre veículos autônomos, mas já existe desde 1992.
O Mitsubishi Debonair estreou essa tecnologia, que inicialmente apenas alertava sobre a aproximação de objetos, mas sem interferir nos freios ou acelerador. Em 1995, o Mitsubishi Diamante adicionou as funções de acelerar e reduzir marchas, mas sem interferir nos freios.
Em 1997, a Toyota adicionou o sistema ao sedan Celsior e em 2000 os japoneses foram os primeiros a anunciar a função de frenagem.
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