Como a Honda planeja oferecer até 1.000 km de autonomia em seus elétricos
Montadora japonesa quer dobrar a autonomia dos seus modelos movidos a energia elétrica
Depois de conseguir inserir os carros elétricos em grande escala no mercado, um dos próximos desafios da indústria é desenvolver ainda mais os motores elétricos e baterias. É o que a Honda pretende fazer até 2030, com o objetivo de dobrar a autonomia dos seus elétricos.
Grande parte dessa caminhada está focada nas baterias. Elas, sozinhas, costumam ocupar grande parte no assoalho dos veículos elétricos e somar bons quilos no peso total. Atualmente, boa parte das baterias nos elétricos têm em sua constituição íons de lítio.
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Dessa forma, a tática da Honda repete o que algumas marcas chinesas como Chery e BYD já adotaram, o uso de baterias de estado sólido. Em entrevista à Reuters, o diretor da Honda, Keiji Otsu, revelou que esse tipo de tecnologia pode dobrar a autonomia dos veículos da montadora até 2030 e pode chegar a 2,5 vezes em 2040.
Mas qual a vantagem de baterias em estado sólido? Uma das substâncias presentes em bateria de ions de lítio em estado líquido é o eletrólito inflamável. Já nas sólidas, há o uso de um outro material em estado sólido, o qual não sofre com os perigos de vazamento e superaquecimento, algo que os críticos de carros elétricos sempre argumentam por conta dos incêndios.
Elétricos da Honda no Brasil?
A Honda vai iniciar a produção de baterias em estado sólido em Tóquio, no Japão. Com auxílio do governo japonês, a montadora vai investir mais de R$ 1,6 bilhão no projeto que inicia já em 2025. Otsu contou ainda que a Honda pretende diminuir o tamanho da bateria em 50%, o peso em 35% e o custo em 25%.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a Honda oferece o Prologue, um elétrico com versão de 288 cv e 45,9 kgfm de torque.
A Honda informa uma autonomia de 483 km. A bateria de 85 KWh de capacidade é LFP, (Lithium Iron Phosphate), lítio-ferro-fosfato em tradução livre. Esse material já exclui o uso de cobalto e manganês, que exigem uma extração do meio ambiente e não são tão amigas das regras ambientais.
Agora, caso o objetivo da Honda de dobrar a autonomia dos elétricos seja alcançado, teremos 966 km para rodar com uma recarga completa da bateria em estado sólido.
E o Brasil nessa história? A Honda só vende modelos híbridos até o momento por aqui: Honda CR-V, Accord e Civic. Ambos com a tecnologia e-HEV.
Em entrevista à Mobiauto, o gerente de Marketing Ariel Mógor, revelou que o foco da montadora para o Brasil está na introdução da tecnologia e:HEV, a qual segundo ele é de uma experiência de carro elétrico.
“A propulsão, a tração do veículo são primariamente elétricas. Na grande maioria das situações, o motor a combustão serve de um gerador de energia para o motor elétrico, sem a necessidade de ser plug-in”, contou executivo.
No conjunto híbrido da Honda, o motor a combustão funciona como um extensor de autonomia, alimentando o motor elétrico e atuando em velocidades de cruzeiro.
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