Como são as baterias de sódio do JAC e-JS1 que chega breve

Nova tecnologia promete baratear os custos e preços mais competitivos, saiba como funciona

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23.02.2024 às 08:42 • Atualizado em 12.11.2024
Nova tecnologia promete baratear os custos e preços mais competitivos, saiba como funciona

A JAC prepara a chegada na América Latina de mais 5.000 do seu subcompacto elétrico, o e-JS1, mas com uma importante novidade. O que chama atenção no hatchback é que ele virá em uma nova versão equipada com baterias de sódio. O uso do energizador cilíndrico com base em íons de sódio traz consigo a esperança de um veículo com preços de entrada reduzidos.

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Sua chegada será feita sob a Yiwei, submarca de elétricos da JAC, e prenuncia a estratégia de internacionalização da montadora. A bateria, fornecida pela HiNa Battery, tem capacidade de 23,2 kWh e autonomia de 230 km pelo ciclo chinês. No Brasil, ainda não está claro, mas é provável que a JAC Motors permaneça como marca, apenas trocando o logo dos Yiewi e-JS1 e deixando o já conhecido do brasileiro.

Além disso, no carregamento rápido o veículo leva 20 minutos para carregar de 10% a 80% e 15 minutos para carregar de 30% a 80%.

Mas o que há de diferente nessa bateria com base em eletrólito de sódio? O que faz dela diferente em relação às de lítio?

Bateria de sódio

Os energizadores de sódio funcionam quase da mesma maneira que as convencionais de lítio. A diferença está no transporte de carga, que é feita a partir do transporte de íons de sódio (Na+) ao invés de lítio (Li+).

Os dois elementos são de natureza alcalina e ambos os desenvolvimentos se utilizam de equipamentos semelhantes.

As vantagens do uso do sódio se encontram principalmente em sua abundância. Ele é o metal alcalino mais presente na crosta terrestre e o sexto mais abundante no geral. Enquanto isso o lítio se encontra em situação diametralmente oposta, sendo relativamente raro, o trigésimo quinto elemento mais presente no planeta.

Assim, as baterias de íons-sódio oferecem versatilidade e viabilidade econômica, uma vez que sua fabricação tem custo baixo e seu material é abundante, como já mencionado.

Esses energizadores possuem recarga mais rápida, maior estabilidade contra condições climáticas extremas e maior segurança para casos de fuga térmica e superaquecimento. Além disso, são mais benéficos ao meio ambiente, pois o sódio é menos tóxico do que o lítio, o qual pode liberar gases poluentes em caso de incêndio.

No entanto, em comparação com as convencionais, essas novas baterias possuem menor densidade de energia. Ou seja, armazenam em si menos carga por unidade de peso dos eletrólitos de lítio. Também possuem menos eficiência e vida útil menor.

Uso para o futuro

A fabricação dessas baterias ainda é mais cara quando comparadas às íons-lítio. Mas, pelos fatores já mencionados, espera-se que no futuro seu preço diminua consideravelmente e seja atingida a capacidade de produção de GWh (gigawatt-hora).

Para dar números exatos, BloombergNEF estima que até 2030 a produção desses energizadores esteja em torno de 50 GWh. Segundo a empresa, esse número representaria cerca de 23% do mercado de armazenamento estacionário.

Essas baterias se beneficiam de todas as pesquisas feitas acerca das íons-lítio, por suas várias semelhanças, e de toda a estrutura de escala desses energizadores convencionais.

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