Ford Ranger: por que picape tomou vice-liderança da Chevrolet S10?

Picape média tomou o lugar da rival norte-americana há cinco meses e segue crescendo nas vendas

Diego Dias
Por
06.11.2024 às 12:37 • Atualizado em 27.11.2024

Desde que fez sua estreia no Brasil na atual geração, a nova Ford Ranger foi sucesso de crítica pela imprensa especializada. Não é para menos, já que a novidade se tornou referência no segmento de picapes médias, onde Toyota Hilux é líder e a Chevrolet S10 era a vice-líder. Era, porque a Ford Ranger tomou seu lugar e agora bateu seu recorde de vendas mensal.

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Segundo dados de Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a Ford Ranger emplacou nada menos do que 3.817 unidades em outubro, com isso a picape da marca oval azul teve seu melhor mês até agora em 2024. Para efeito de comparação, a Chevrolet S10 emplacou 2.660 no período. Essa é uma das maiores vantagens da Ranger sobre sua rival da GM, vendendo nada menos do que 1.157 carros a mais.

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Quando pegamos o acumulado de 2024, a picape da marca do oval azul já vendeu 24.940 veículos, enquanto a caminhonete da GM emplacou 21.769 – uma vantagem de 3.171 veículos. Vale lembrar que faltam ainda dois meses para acabar o ano, no entanto, isso revela que a Ranger está se consolidando como 2ª mais vendida no segmento, atrás somente da Hilux (41.623).

Veja abaixo alguns dos motivos da Ford Ranger ter caído no gosto do brasileiro:

Equipamentos

Quando foi revelada em setembro, a Ranger XL, configuração voltada para trabalho chamou a atenção por trazer equipamentos até então raros de se encontrar em uma picape destinada para pegar no pesado. Isso porque tal configuração traz itens como painel de instrumentos digital de 8 polegadas bem completo, com os tradicionais mostradores (velocidade e conta-giros), além de informações de consumo, portas-abertas, temperatura externa e mais. A S10 mesmo traz painel digital também do mesmo tamanho, mas tem grafia mais simples e é compartilhado com a Spin.

A variante de trabalho da Ranger também ostenta central multimídia com tela vertical de 10 polegadas. O sistema SYNC 4 traz layout bem resolvido e rapidez nas repostas de operação. Isso tudo é parte da versão de trabalho, mas a configuração topo de linha da Ranger, por exemplo, soma itens como painel digital de 12,3”, multimídia de 12”, câmera com visão 360 graus, freio de estacionamento eletrônico, alerta de colisão com frenagem automática e detecção de pedestres, reconhecimento de placas de trânsito e até piloto automático adaptativo com função “para e anda”, assistente de manutenção em faixa. É um pacote recheado e que nenhuma rival traz.

Visual e acabamento

Sem dúvidas o visual moderno e mais parrudo, sendo mais próximo ao das picapes da Ford vendidas nos Estados Unidos, como a clássica F-150, trouxeram um novo fôlego nas vendas da Ranger, que ficou ainda mais global. Picape com cara de picape sempre agradou o público brasileiro, mas a Ranger trouxe consigo também um novo patamar no acabamento interno, que mantém a robustez de uma caminhonete em seu design na cabine, mas com um toque mais refinado de um sedan premium.

Motor V6

Até a chegada da nova Ford Ranger, a Volkswagen Amarok reinava sozinha entre as picapes médias quando o assunto era potência e desempenho com seu motor V6 turbodiesel. Agora a picape da marca do oval azul é a segunda caminhonete a contar com um motor diesel turbinado de seis cilindros em V, que hoje entrega 250 cv e 61,2 kgfm de torque. É menos ainda que os 258 cv da Amarok (que tem torque menor de 59,1 kgfm), mas ainda assim o V6 3.0 turbodiesel da Ranger lhe dá status e um desempenho interessante no segmento.

Ranger Black

A Ford não perdeu tempo e a sacada de ter trazido de volta a Ranger Black, versão com apelo mais esportivo e proposta urbana, foi exemplar. Prova disso é que a picape traz um bom pacote de itens de série, motor 2.0 turbodiesel de 170 cv e 40 kgfm de torque com câmbio automático de seis marchas, tudo isso a um preço de R$ 219.990 - valor abaixo até de picapes menores, como a Ram Rampage e próximo do valor de uma Fiat Toro. A tabela é tão agressiva que a versão para o público final é até mais barata que a Ranger XL, versão voltada a trabalho e para frotistas, que hoje sai por R$ 244.990.

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Entusiasta de carros desde criança, achou no jornalismo uma forma de combinar paixão e profissão. É jornalista formado pela faculdade FIAM-FAAM e atua no setor automotivo desde 2014, com passagens por Auto+, Quatro Rodas e Motor1 Brasil.

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