Honda CG 160 agora tem ABS. Ficou melhor que FZ15 e Dominar 200?

A Honda atualizou a linha CG recentemente com novidades que a aproximaram da concorrência tradicional com a Yamaha, mas também servem para reforçar a disputa de mercado com novos modelos que chegaram à categoria das motos de entrada. Considerando que quase um quarto do mercado total de motocicletas vendidas no Brasil em 2024 pertence à CG, é verdade que a preocupação com a concorrência deve ser colocada numa perspectiva bem menos preocupante.

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De qualquer maneira, a linha 2025 da CG 160 Titan, a versão mais cara da moto, à venda por R$ 19.230 (valor sem frete e taxas), agora traz freios a disco nas duas rodas com a inédita tecnologia ABS para a roda dianteira. Além disso, o visual da CG passou por mudanças, sobretudo na carenagem do tanque (que está mais esguia) e na rabeta. A moto também conta com farol e lanterna de LED e um novo painel de instrumentos digital, com direito a indicador de marcha.

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A principal rival da CG 160 Titan, a Yamaha Fazer FZ15, também ganhou novidades na linha 2025 este ano, embora mais discretas. Há um novo spoiler protegendo o motor, nova cor na capa do escapamento e novas opções de cores. Contudo, a atualização mais relevante é a conectividade com o aplicativo Y-Connect da marca, que permite que o smartphone acesse funcionalidades e informações diversas sobre a moto de maneira remota (além de ser compatível com aplicativos de mensagens). A versão Connected da FZ15 parte de R$ 20.390.

Correndo por fora no segmento de entrada entre as versões mais caras está a Bajaj Dominar 200, que parte de R$ 19.900. A seu favor, ela traz ABS nas duas rodas e um motor mais potente, mas deixa de lado o farol de LED, presente nas outras duas, por exemplo.

Motorização

Enquanto CG e FZ15 trazem motores monocilíndricos de até 160 cc, a Dominar 200, que também possui apenas um cilindro, é impulsionada por um de 199,5 cm³, capaz de produzir 24 cv e 1,88 kgfm, trabalhando com câmbio de seis marchas. É uma diferença de 10 cv sobre os 14,7 cv e 1,43 kgfm da CG Titan e ainda maior com relação aos 11,7 cv e 1,3 kgfm da FZ15. As duas mais populares também trabalham com câmbios de somente cinco marchas.

O preço cobrado pela maior potência da Dominar 200 vem no peso. São 158 kg em ordem de marcha, também devido ao seu chassi perimetral, que é de natureza mais pesada do que os do tipo diamante da Honda e da Yamaha. CG e FZ15 têm peso similares. São 135 kg da Yamaha, em ordem de marcha, e 120 kg de peso seco da Honda, mas considerando os 14 litros do tanque de combustível da CG, o peso em ordem de marcha fica bem próximo ao da Yamaha. O tanque da Yamaha é de 11,9 litros, enquanto o da Dominar 200 é de 12 litros de capacidade.

Falando em combustível, a Dominar 200 é a única que não aceita etanol, somente gasolina. As outras duas são flex.

Características

Apesar de ser mais pesada, a Dominar 200 conta ainda com a vantagem de ter suspensão dianteira de garfo invertido e a traseira do tipo monoamortecida, com reservatório de gás nitrogênio (Nitrox) separado, o que aumenta a eficiência da absorção dos impactos. A FZ15 também é monoamortecida atrás, mas possui garfo convencional na frente, assim como a CG Titan, que é a única com amortecimento do tipo bishock atrás.

Quanto aos freios, já falamos que todas elas têm sistema ABS na frente, mas somente a Dominar 200 também dispõe do recurso atrás. Os discos são de 300 mm na frente e 230 mm atrás na indiana, enquanto na FZ15 são de 282 mm na dianteira e 220 mm atrás e na CG Titan as medidas são 240 mm e 220 mm, respectivamente.

A CG Titan vem com rodas de 18’’, sendo pneus 80/100 na frente e 100/80 atrás. Nas outras duas, as rodas são de 17’’, sendo de 100/80 na frente em ambas e 140/60 atrás na FZ15 e 130/70 na traseira da Dominar 200. Todas elas possuem pneus sem câmara.

A moto da Honda também é a mais alta em relação ao solo: são 19 cm, contra 17 cm na FZ15 e 16,7 cm na Dominar 200. Dentre as três, a Bajaj é a única com assento bipartido, enquanto as demais trêm bancos inteiriços, porém com a garupa elevada.

Equipamentos e pós-venda

Como adiantamos no começo da matéria, os modelos da Honda e da Yamaha vêm com farol e lanterna da LED e as duas têm painel totalmente digital com indicador de marcha. A CG ainda traz entrada USB-C, enquanto a Yamaha tem a conectividade já citada. O painel da Dominar 200 é mais simples, analógico, com um pequeno computador de bordo, e o farol é halógeno.

A Dominar 200 também cobra mais caro pela manutenção. O custo total das revisões dos primeiros três anos soma R$ 2.972,98. Na Honda, os serviços da CG Titan custam R$ 2.229,80, enquanto a Yamaha é a mais barata, com larga vantagem. São R$ 1.770 cobrados pelas revisões dos primeiros 25 mil km, no caso dela (nas outras duas, a quilometragem de três anos é de 30 mil km).

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