Novo Chevrolet Onix 2026: motor 1.0 turbo pode ter injeção direta antes do híbrido

Dupla pode finalmente ganhar sistema de injeção direta de combustível

Diego Dias
Por
26.09.2024 às 16:29

Nesta semana o novo Chevrolet Onix 2026 começou a dar as caras, já que pela primeira vez o hatch foi flagrado rodando em testes no Brasil, algo que ocorreu juntamente do sedan Onix Plus – que revelou a atualização visual que a família terá na dianteira. Mas vale lembrar que, além do novo estilo, a dupla deverá ganhar importantes atualizações no motor 1.0 turbo flex.

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Antes de detalharmos essa possibilidade, vamos relembrar 2019, quando tanto o Onix e Onix Plus fizeram sua estreia no Brasil. À época, a GM lançou a dupla com duas opções de motorização que perduram até hoje: o 1.0 aspirado flex de três cilindros, que entrega até 82 cv a 6.400 rpm e 10,6 kgfm de torque a 4.100 rpm, e o 1.0 turbo flex também de três cilindros, mas que rende até 116 cv a 5.500 rpm e 16,8 kgfm a 2.000 rpm.

A questão é que durante o lançamento há cinco anos a Chevrolet argumentava que a motorização 1.0 turbo da família CSS Prime (código dessa família de motores) contava com sistema de injeção multiponto de combustível afim de reduzir custos de manutenção. Vale contextualizar que desde 2019 os principais rivais turbinados, leia-se VW Polo e Hyundai HB20, já contavam com a receita de propulsor 1.0 turbo com injeção direta, que sempre garante melhor desempenho. Não à toa, o Polo 200TSI da época (hoje com nova recalibração 170TSI) e o Hyundai HB20 chegavam aos 128 cv e 120 cv, respectivamente.

O detalhe é que a injeção direta de combustível tem o bônus do melhor desempenho, mas também traz mais um sistema de alta pressão de trabalho que é mais sensível principalmente na questão de combustível de baixa qualidade. Os bicos injetores desse sistema também costumam custar mais caro que um de injeção multiponto (indireta).

Onix e Onix Plus com injeção direta do Monza?

Com a nova fase do programa de emissões Proconve P8 entrando em vigor a partir de 2025, a GM não terá muito para onde correr na atualização de seu motor 1.0 turbo flex. Com isso, vale dizer que a mesma usina 1.0 turbo da família CSS Prime era o motor utilizado na primeira safra do Chevrolet Monza chinês, lá em 2018.

Ou seja, o motor 1.0 turbo utilizado no Monza foi desenvolvido como um propulsor a gasolina de injeção direta desde o início e foi adaptado pela engenharia brasileira para rodar também com etanol e para trabalhar com uma injeção multiponto. Assim, caso a GM adote tal motorização, o 1.0 turbo para Onix e Onix Plus “voltaria às raízes” com o sistema de injeção de combustível que foi concebido.

A evolução em potência e torque seriam também um bom acréscimo para a dupla, com mais cavalos para os atuais 116 cv e mais força para os 16,8 kgfm. Para comparação, o Monza na China rendia 126 cv de potência a 5.600 rpm e 17,34 kgfm de torque desde 2.000 rpm. Na prática seriam 10 cv e 0,54 kgfm de torque a mais, mas lembrando que esses dados são com gasolina. Sendo flex com injeção direta, não surpreenderia que o rendimento aumentasse para a casa dos 130 cv.

É dúvida anda se tal motorização 1.0 turbo flex da família CSS Prime vai ganhar algum nível de eletrificação, ou se a GM vai esperar ainda algum tempo para tal atualização, que pode levar mais tempo para ficar pronta. Como revelamos em agosto, a Chevrolet vai atualizar o visual de Onix e Onix Plus no segundo semestre de 2025, como Mobiauto  apurou com fontes próximas a marca.  Com isso, é provável que tanto o hatch como o sedan já façam sua estreia como linha 2026.

Vale dizer que a questão de eletrificação deve estar em desenvolvimento pela Chevrolet, isso porque recentemente um antigo Cobalt apareceu em testes com um possível motor híbrido. Atualmente, a fabricante tem no mundo o conjunto híbrido leve do Chevrolet Monza que combina o 1.3 turbo de 163 cv de potência e 23,4 kgfm de torque a um sistema de 48V para fazer até 20,9 km/l.

No entanto, é mais provável que a marca atualize o 1.0 turbo CSS Prime do que traga um inédito conjunto para ser homologado para cá, algo que elevaria os custos – que seria difícil de justificar em uma atualização de meia vida de um produto. Assim, fica a dúvida se o 1.0 turbo poderá ganhar um sistema de 12V ou 48V e se tornar um híbrido-leve. É aguardar os próximos capítulos.

Projeções Kleber Silva/KDesignAG

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Entusiasta de carros desde criança, achou no jornalismo uma forma de combinar paixão e profissão. É jornalista formado pela faculdade FIAM-FAAM e atua no setor automotivo desde 2014, com passagens por Auto+, Quatro Rodas e Motor1 Brasil.

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