Novo Citroën Basalt: o que estão falando do SUV cupê que chega em breve

Design e conforto foram elogiados no novo SUV, que traz ainda melhor ergonomia do que C3 e C3 Aircross

Diego Dias
Por
30.08.2024 às 16:01

Com data para estrear no Brasil, o novo Citroën Basalt será o próximo integrante da família C-Cubed, formada também por C3 e C3 Aircross. Conforme antecipado pela Mobiauto em apuração junto a concessionários da marca francesa, o novo Basalt está previsto para ser lançado entre o final de setembro e o começo do outubro. Enquanto isso não ocorre, vamos ver o que estão falando do inédito SUV cupê no mundo.

Vale lembrar que o novo Citroën Basalt foi já lançado na Índia no começo deste mês, assim revelando totalmente suas linhas. É verdade que o SUV cupê ainda aparece camuflando rodando em testes nas ruas brasileiras, mas o modelo já perdeu boa parte de seus disfarces na medida em que seu lançamento no país fica mais próximo.

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Como é o novo Citroën Basalt?

Com visual de SUV cupê, o novo Citroën Basalt pega emprestado parte do desenho que já conhecemos no C3 e C3 Aircross, pois conta praticamente com o mesmo conjunto de faróis duplos, com as luzes diurnas de LED na parte superior e os faróis principais abaixo, que terão projetores. Já a grade contará com discretas mudanças, à exemplo dos cantos que trazem um elemento com cor destacada.

O para-choque também é um pouco diferente, como pode-se notar pela entrada de ar inferior com detalhes mais quadrados e também cores diferentes na moldura dos faróis de neblina. De perfil temos todas de até 16 polegadas, dependendo da versão, mas as molduras nas caixas de rodas serão em plástico sem pintura em preto brilhante – como era no conceito.

A linha de teto desce em direção a traseira, com isso temos uma nova porta traseira. As lanternas, por sua vez, trazem lâmpadas halógenas e assinatura em LED, dependendo da versão. Já a tampa do porta-malas traz um ressalto para se fazer de spoiler traseiro. Além disso, não será dessa vez que a Citroën estreará seu novo logo, já que o Basalt terá o mesmo Duplo Chevron usado hoje.

Para quem não tem ideia do porte do novo Citroën Basalt, ele será um pouco maior que o C3 Aircross em comprimento (4.352 mm contra 4.320 mm) e terá entre-eixos um pouco menor (2.651 mm contra 2.675 mm). Já a largura fica em 1.765 mm e a altura em 1.593 mm. O porta-malas promete bastante espaço, já que a capacidade do modelo apresentado na índia fica em 470 litros, pouco menor que do C3 Aircross (493 litros).

Feito com base na plataforma Smart Car (antigamente conhecida como CMP), o novo Citroën Basalt contará suspensão dianteira tipo McPherson, enquanto a traseira terá configuração semi-independente com barra de torção transversal. Já os freios seguidrão o que temos no Brasil no C3 Aircross e C3, com freios dianteiros a disco ventilados e os traseiros a tambor.

Na cabine, manterá a central multimídia de 10,2 polegadas touchscreen e painel de instrumentos digital pequeno, bem como o formato das saídas de ar. Os botões de climatização mudam, já que trocam os comandos redondos por outros do tipo interruptor.

Para o mercado indiano a Citroën disponibiliza duas motorizações. Os modelos mais básicos do Basalt por lá trazem sob o capô o motor 1.2 de três cilindros PureTech aspirado de 82 cv e 11,7 kgfm de torque, sempre com câmbio manual de 5 marchas. Já os as versões mais caras adotam o 1.2 turbo da mesma família Puretech, que rende 110 cv de potência, mas aqui com transmissão manual de 6 marchas (aqui 19,3 kgfm de torque) ou automática de 6 velocidades (mais forte, com 20,9 kgfm).

No Brasil é esperado que o SUV cupê venha com motor 1.0 Firefly para suas versões de entrada, cuja potência fica em 75 cv e o torque em 10,7 kgfm. Para as configurações intermediárias ou topo de linha podemos esperar o propulsor 1.0 turbo amplamente usado pela Stellantis, que entrega 130 cv e 20,4 kgfm, a mesma do C3 Aircross e do recém-lançado C3 You!

O que estão falando sobre o novo Citroën Basalt?

Para quem pensa em adquirir um Citroën Basalt, certamente deve estar preocupado com o espaço interno, pois a caída do teto em tese deve comprometer o espaço da cabine, principalmente para pessoas de maior estatura. Mas de acordo com o Autocar India, o banco traseiro do Basalt é espaçoso. O SUV cupê tem até um recurso curioso de extensões de apoio de coxa no banco de trás, que podem ser ajustados em quatro níveis de inclinação. Resta saber se teremos tal recurso no Brasil.

O novo Citroën Basalt ainda vai evoluir em relação a conforto e ergonomia. “Outra melhoria na cabine é a instalação dos botões dos vidros elétricos nos apoios das portas, onde eles pertencem. Nos irmãos do C3, para reduzir custos, os botões dos vidros traseiros foram colocados no console central”, destacou a publicação indiana. Isso é uma correção de ergonomia da linha C3 – algo que no futuro devemos ver em toda a linha.

Visualmente o visual de SUV cupê pode ser do tipo ame ou odeie, mas tem muita personalidade como as fotos mostram. Por outro lado, segundo a Autocar India “suas rodas de 16 polegadas parecem muito pequenas e, como os pneus não ficam nivelados com a carroceria, o carro parece com pneus menor que o padrão em certos ângulos”.

“Quando o vi pessoalmente [o carro] pela primeira vez, tenho que admitir que parecia muito melhor do que nas fotos, o que foi um bom começo; talvez fosse mais do que apenas um C3 Aircross com uma linha de teto descolada”, disse Pablo Chaterji, jornalista do site indiano Motoring.

Quando o assunto é a parte interna do carro, a publicação elogiou o conforto. “O apoio de braço dianteiro agora é maior também, e os assentos têm um acabamento de tecido agradável, com alguns apoios de cabeça redesenhados que são muito favoráveis; os assentos em si são muito confortáveis”. Nessa análise vemos que talvez a marca tenha dado uma caprichada nos assentos, pois o C3 Aircross brasileiro fica devendo um pouco no conforto, principalmente em longas viagens.

As impressões sobre motorização das publicações destacam o bom desempenho do motor 1.2 turbo Puretech (aquela usado pela antiga PSA-Citroën na Europa), mas com ruídos que invadem a cabine em algumas situações. “Uma vez que o turbo entra em ação, o desempenho é rápido, tornando as ultrapassagens fáceis e o desenvolvimento rápido. Mas gire este motor com força, e ele fica bastante barulhento dentro da cabine”, explica a Autocar India. Porém, no Brasil devemos ter o motor 1.0 turbo GSE, que rende mais que o 1.2 Puretech.

“A suspensão é excelente e absorve praticamente tudo o que as estradas podem jogar contra ela”, destaca o site Motoring em relação ao comportamento dinâmico e conforto do novo Citroën Basalt. O SUV cupê no Brasil deverá herdar a mesma calibração do C3 Aircross, que tem um bom ajuste de suspensão – algo que é destaque nos carros vendidos pelo grupo Stellantis no mercado nacional.

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Entusiasta de carros desde criança, achou no jornalismo uma forma de combinar paixão e profissão. É jornalista formado pela faculdade FIAM-FAAM e atua no setor automotivo desde 2014, com passagens por Auto+, Quatro Rodas e Motor1 Brasil.

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