Por que o Citröen Basalt usa na Argentina motor proibido no Brasil?
SUV cupê chega ao mercado Argentino com motor que fez história por aqui
O Citröen Basalt foi lançado no Brasil durante o início de agosto, mas fora a Índia não estava disponível em outros países. Agora, porém, o SUV está disponível em pré-venda para o mercado argentino e por lá conta com um um motor que é proibido em nosso país, por que?
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Com preços que vão de R$ 89.990 a R$ 107.390, o Citröen Basalt foi lançado no Brasil com duas opções de motorização. Suas versões de entrada são equipadas com um propulsor 1.0 aspirado de 75 cavalos de potência e 10,5 kgfm de torque. Já as configurações mais caras vem com um motor 1.0 turbo de três cilindros com 130 cv e 20,4 kgfm.
Na Argentina, porém, a história é diferente. Por lá, o SUV chegou apenas com uma opção de trem de força, composta pelo propulsor 1.6 EC5, que rende 115 cv e 15,2 kgfm de torque. Lá, todas as versões contam com esse conjunto, sempre ligado a um câmbio manual de cinco marchas.
Aos que não lembram, o motor 1.6 EC5 figurava no Brasil com certo destaque há não muito tempo. Desenvolvido pelo grupo PSA, composto por Peugeot e Citröen, o propulsor integrava a usina de modelos como Peugeot 208 e Citröen C3 até o ano passado.
Atualmente o conjunto só está disponível no Citröen C4 Cactus, o qual deve ser descontinuado em breve, o que marcará o fim de uma história que começou a cerca de 25 anos atrás, quando o motor 1.6 EC5 chegou aqui com o Peugeot 206. Modelos como Peugeot 2008 e Partner também já foram equipados com a usina em nosso mercado.
Mas por que esse fim? Por que ele ainda é usado na Argentina? Acontece que o propulsor em questão não atende as às normas de emissão da primeira etapa do Proconve L8 (PL8), que será vigente a partir do início de 2025.
O PL8 é um programa governamental de controle de emissões veiculares, que estabelece limites máximos de emissão para as montadoras, e o motor 1.6 EC5 não cumpre os requisitos.
Diante disso, a unidade fabril de Porto Real (RJ), que fabrica modelos e peças de Peugeot e Citröen, inclusive o Basalt, deve reduzir a produção do motor em questão. A linha de montagem do propulsor ficará responsável por atender apenas mercados externos, como justamente o da Argentina.
Por lá, o propulsor 1.6 EC segue dentro das normas de emissão e equipa modelos além do Citröen Basalt, como o Citröen C3 Aircross, por exemplo. Por isso, lá não existem problemas em usar um motor que é “proibido” no Brasil.
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