Por que peças de carros são mais caras de um lado do que do outro?

Peças iguais são vendidas com preços diferentes, simplesmente por conta do lado do veículo

Vinicius Moreira
Por
23.09.2024 às 19:59

Dificilmente alguém pesquisa por preços de peças de carros sem precisar comprar uma. Salvo profissionais que trabalhem no ramo. Mas, uma surpresa que pode ser notada durante a procura é a diferença de preços de peças iguais.

Durante algumas cotações de peças feitas pela Mobiauto, de diferentes marcas, uma curiosidade se repetiu algumas vezes: a diferença de preços de peças do lado direito para o lado esquerdo. O contrário também acontece.

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Claro que essa política não se trata de uma regra. O retrovisor também é um exemplo de exceção, pois o lado direito costuma ser mais afetado em acidentes, principalmente em ambientes urbanos.

Assim como retrovisores externos do lado direito de alguns modelos da Honda, equipados com uma câmera na parte de baixo, que transmite a imagem na central multimídia para o condutor. Isso logicamente deixa a peça do lado direito com preço mais alto.

Por que peças iguais tem preços diferentes?

Ao questionar alguns revendedores sobre a diferença dos preços, a Mobiauto ouviu que o motivo é a maior procura por peças do lado esquerdo dos veículos.

Para além disso, ouvimos a Too Seguros, que também possui modalidade de assistência para peças do veículo.

O analista de sinistros Maurício Corrêa Leite explicou o motivo da diferença de valores: “A consideração que o mercado utiliza para justificar a [diferença] são as colisões mais comuns de um lado do que do outro, o que aumenta a procura de peças para um lado do veículo”.

“Da mesma forma que componentes mecânicos compatíveis em marcas distintas devido ao compartilhamento de motor, possuem custos bem diferentes para cada marca”, completou Maurício.

Logo, essa realidade tem um viés comercial, o qual se enquadra em oferta e demanda. Quanto maior demanda pela peça, mais cara e escassa ela fica.

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Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.

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