Renault Kardian: sucesso do modelo antecipa novidades dos SUVs da marca

O Renault Kardian chegou para mudar o patamar da montadora no Brasil, e tem conseguido – ao menos por enquanto. São 4.287 unidades emplacadas em novembro e 20.473 desde seu lançamento. Não só isso, o modelo foi o primeiro fabricado no Brasil a utilizar o novo logo da montadora francesa por aqui.

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Para o Brasil, o Kardian representou uma grande mudança em termos visuais. Lá fora, a Renault já prepara os próximos passos em termos de conceito de design. Essa repaginada já deve estar nos próximos modelos em 2028.

O que representa essa mudança é o conceito Emblème apresentado recentemente. O chefe de design da Renault, Gilles Vidal, revelou à Autocar quais os planos da montadora.

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“O Emblème é uma representação melhor do que vem por aí para a marca globalmente em termos de design, e talvez novas silhuetas, para o futuro: formas generosas, não muito minimalistas, mas mais simples do que o que fizemos recentemente na Scenic”, esclareceu o executivo.

Porque o Kardian antecipa o Renault Emblème?

Logo de cara, o visual futurista do Emblème mostra a ausência de retrovisores, item que já vimos em alguns modelos da Audi. O casamento entre linhas mais fluídas foi pensado também para oferecer uma melhor aerodinâmica para o conceito. Resultado: apenas 0,25 no coeficiente de arrasto.

Ao que parece, o Emblème representa o futuro da Renault. Toda ruptura de uma linha trabalho apresenta riscos. Com o Kardian não foi diferente. O SUV compacto estreou plataforma nova, inclusive apta para eletrificação.

Sem falar no visual frontal com iluminação em dois níveis e as lanternas em forma de C na traseira. Procura, e falhe ao encontrar alguma semelhança com algum modelo já vendido aqui.

Por dentro, a central multimídia flutuante trouxe a Renault para o mundo atual em terras brasileiras, assim como a alavanca do câmbio ao melhor estilo joystick.

Na parte mecânica, o Kardian possui o maior torque entre os SUVs compactos de motor 1.0 três cilindros, são 22,4 kgfm de torque.

Quanto ao funcionamento do SUV, o Emblème é como um veículo elétrico. Um motor elétrico de 215 cavalos é abastecido por uma bateria de 40 KWh de níquel-manganês-cobalto (NMC), além da célula de combustível de hidrogênio de 40 KW, que transforma em energia elétrica o hidrogênio do tanque de 2,8 kg.

O motor elétrico trabalha como propulsor, já o tanque de hidrogênio atua como uma espécie de extensor de autonomia com acréscimo de 350 km a mais por tanque.

O Kardian ainda emite os gases poluentes após a combustão de etanol ou gasolina. Mas se a Renault quer ousar ao combinar eletricidade e nitrogênio, o que dizer do câmbio automatizado de dupla embreagem no Kardian?

Com todo o histórico negativo desse tipo de transmissão no Brasil, a montadora bancou o uso do sistema no SUV. Claro, alguns problemas ocorreram, como a Mobiauto já mostrou.

Com uso do hidrogênio no Emblème, em vez de gases nocivos, o escapamento expele apenas água (H²O). O sistema também permite o reabastecimento mais ágil, semelhante ao que já ocorre com veículos movidos a GNV (gás natural).

A Renault atesta que o Emblème representa 90% na redução de emissão de poluentes. Isso contando desde a extração de materiais do veículo até o fim do seu uso, que pela fabricante é de 200.000 km rodados.

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