Brasileiro gasta quase 2 salários mínimos por mês só para manter um carro
Com custos em alta, estudo mostra que gasto médio mensal para rodar e fazer a manutenção de um automóvel no país passa de R$ 2.000
Com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, chegando a 12,13% no acumulado dos últimos 12 meses em abril, o consumidor começa a olhar cada vez mais para onde está indo o suado dinheiro que ganha.
Você já parou para calcular quanto gasta por mês só para manter um carro na garagem e rodar com ele? O estudo “inflação do carro”, da Agência Autoinforme, levantou o preço de produtos e serviços automobilísticos e concluiu que um brasileiro gasta, em média, R$ 2.013,08 por mês para rodar e fazer manutenção de um carro compacto seminovo.
O maior gasto está relacionado ao combustível, que corresponde a 41,07% das despesas, ou seja, algo em torno de R$ 826, 82 por mês. Em segundo lugar aparecem despesas relacionadas a manutenção e peças de reposição, que representam 17,57% das despesas mensais.
O valor do seguro fecha o pódio, representando 12,31% dos dispêndios mensais. Serviços de oficina como alinhamento, balanceamento e revisão, equivalem a 16,88% dos gastos de quem mantém um carro na garagem. O valor representa 1,7 vez o atual salário mínimo nacional, estabelecido em R$ 1.193,37. Confira a lista completa:
Gasto médio mensal do brasileiro com um automóvel*
Combustíveis - R$ 826,82 - 41,07%
Peças reposição - R$ 353,60 - 17,57%
Revisão periódica e serviços - R$ 339,89 - 16,88%
Seguro - R$ 247,86 - 12,31%
Impostos - R$ 244,91 - 12,17%
Total: R$ 2.013,08
*Fonte: Autoinforme
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Como o estudo é feito?
Segundo a Autoinforme, o cálculo é baseado no uso padrão do automóvel e considerando um motorista que roda, em média, 12.000 quilômetros por ano. O estudo simula o uso do veículo em tarefas cotidianas simples, como levar e buscar os filhos na escola, fazer compras e algumas pequenas viagens nos fins de semana.
O valor das peças e serviços utilizados no levantamento são de acordo com a recomendação do fabricante, como manutenção preventiva, enquanto o seguro é contra roubo e furto. Para chegar ao valor total, o estudo dilui mês a mês os gastos com peças de reposição, seguro e impostos.
Por fim, o levantamento não inclui o valor investido na compra do carro, nem mesmo uma eventual amortização e juros do financiamento.
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