Este VW Fusca tem motor de 220 cv de tanque da Segunda Guerra Mundial

Propulsor radial de sete cilindros também equipou aviões das décadas de 1930 e 1940

Vinicius Moreira
Por
28.08.2024 às 10:39

O Volkswagen Fusca certamente é um dos carros icônicos mais modificados da história. Não bastasse a sua resiliência ao longo de décadas, o “besouro” ainda pode originar projetos inusitados - como no México, onde é transformado em uma picape com motor V6 da Toyota.

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Agora, imagine substituir o tradicional motor boxer traseiro refrigerado a ar do Fusca por um propulsor radial usado em aviões e tanques da Segunda Guerra Mundial. Foi o que o norte-americano Mike Nieman fez com um Fusca na Califórnia, nos Estados Unidos.

O projeto mostrado no canal de Nieman no YouTube teve de receber reforços estruturais na parte traseira para receber o motor radial W670 retirado de um tanque M2, modelo utilizado durante a Segunda Guerra Mundial pelas tropas aliadas. O propulsor de sete cilindros de 220 cv de potência também foi empregado em aeronaves da época.

A princípio, combinar um Fusca e um motor de avião pode parecer uma loucura. Mas a relação entre o clássico da Volkswagen com a Segunda Guerra Mundial pode ser mais próxima do que se imagina. Ferdinand Porsche, criador do Fusca, também desenvolveu veículos militares leves baseados no Volkswagen.

Um deles foi o Kübelwagen, uma espécie de jipe, e o veículo anfíbio Schwimmwagen, construídos com componentes compartilhados com o próprio Fusca.

Antes mesmo de a guerra iniciar, em 1939, alguns exemplares do que viria a ser um carro de passeio popular já tinham sido desenvolvidos por Ferdinand Porsche. Com motor traseiro de quatro tempos, quatro cilindros contrapostos e um câmbio automático. Era assim que o projeto do Fusca caminhava, ou melhor rodava, mas foi somente depois do fim da guerra que ele começou a tomar a forma que conhecemos.

O primeiro Volkswagen Fusca nacional foi produzido na fábrica de São Bernardo do Campo (SP) em janeiro de 1959. Antes disso, o “Volkswagen Sedan”, como era chamado, foi montado no país com peças importadas da Alemanha.

Ao longo de sua história no Brasil, o VW Fusca passou por mudanças na sua motorização. Na década de 1970, uma versão esportivada chamada Super Fuscão 1600S era movida pelo motor 1.6 boxer de 65 cv.

Além disso, não é difícil achar projetos por aí de Fuscas com motor boxer de Subaru com potência acima dos 200 cv. O difícil é encontrar a combinação de Nieman, com um carro que pode pesar até 820 kg (último Fusca fabricado no Brasil) com o trem de força W670 de 211 kg, quase um quarto do peso total de um “besouro” já com seu motor boxer localizado na traseira.

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Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.

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