GWM terá produção no Brasil aos moldes da Caoa Chery

Empresa chinesa vai produzir o SUV híbrido Haval H6 na fábrica de Iracemápolis (SP)

DB
Por
20.08.2024 às 21:43
Empresa chinesa vai produzir o SUV híbrido Haval H6 na fábrica de Iracemápolis (SP)

Três anos depois de comprar a fábrica da Mercedes-Benz, a GWM caminha para finalmente começar sua produção nacional em Iracemápolis, no interior de São Paulo. Porém, em um primeiro momento a marca chinesa atuará como montadora no Brasil, já que produzirá seus carros no regime CKD. Esse é o mesmo processo utilizado pela Caoa Chery e BMW no Brasil.

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A confirmação veio durante o Fórum Direções Quatro Rodas - Descarbonização, evento realizado pelam publicação nesta terça-feira (20) e que contou com a presença de diversas fabricantes como GWM, Renault, Stellantis, Toyota, Volkswagen e Volvo, além da Anfavea, ABVE, Enel Xe e Associação Brasileira do Veículo Elétrico.

Quem confirmou que a GWM produzirá inicialmente em CKD no Brasil foi Ricardo Bastos, Diretor de Relações Internacionais GWM. Quando questionado acerca de índice de nacionalização de carros da marca, afirmou que “todo mundo que chegar [no Brasil] tem que começar com CKD”. O detalhe é que a marca chinesa começará sua produção em regime CKD na fábrica de Iracemápolis (SP) a partir do primeiro semestre de 2025.

Segundo Bastos, neste primeiro estágio de montagem dos carros em CKD da Great Wall Motor estão previstos 200 itens para serem montados em solo nacional, algo que já credita para a GWM no tal índice de nacionalização. Mas é importante dizer também que esses 200 itens não chegarão aqui de uma vez, mas sim gradativamente.

“O primeiro momento é eu começar, nesse CKD, localizando essas peças mais sensíveis... que é banco, vidro, tapeçaria, roda, essas partes mais sensíveis”, complementa Ricardo Bastos.

Embora esse processo de CKD comece no primeiro semestre de 2025, o objetivo da GWM é que a fábrica de Iracemápolis tenha um processo de fabricação mais complexo, algo que leva um tempo. Ou seja, assim que o a produção crescer gradativamente com o passar dos anos, o nível de produção de peças “nacionalizadas” da GWM crescerá na mesma medida.

Quando desembarcou no Brasil, a GWM tinha como plano inicial ter a picape GWM Poer como primeiro veículo produzido no país, algo que ocorreria até maio de 2024, mas isso mudou no começo deste ano. Os planos da GWM foram frustrados após o governo federal anunciar o retorno gradual do imposto sobre veículos elétricos e híbridos importados no fim de 2023. Dessa forma, a empresa refez suas prioridades, e a Poer foi tirada para escanteio.

Com isso o primeiro carro pela empresa chinesa no em solo nacional será o GWM Haval H6, principalmente as versões híbridas plug-in PHEV19 e PHEV34, mas a configuração híbrida plena HEV não está fora dos planos para ser feita em Iracemápolis (SP).

“Ainda não confirmamos 100%, mas vai ser a linha do Haval e o P-HEV está vendendo muito bem, né? Então esse aí tem que sair primeiro. Mas o HEV também, agora até final de semana passado, deu um salto [de vendas] do HEV muito bom”, destacou Bastos.

O regime CKD é basicamente o método de fabricantes trazerem peças desmontadas de um carro e montar em solo nacional. Ou seja, embora seja utilizados alguns componentes nacionais, outros como acabamentos e partes da estamparia, por exemplo, vêm importadas.

Quando chegam essas outras partes, o veículo tem sua base montada, depois é soldado e pintado, assim temos o carro montado por completo. Os embarques de peças vêm em kits totalmente desmontados dentro de contêineres em navios para a fabricante, neste caso a GWM. De forma resumida, o que diferencia um carro CKD de um veículo produzido de fato é que sua estamparia não é localizada.

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