Nova Fiat Toro: controlamos a picape pela Alexa. Será que deu certo?

Utilizar os comandos remotos de destravamento das portas e partida do motor tem seus benefícios, mas também suas pegadinhas. Contamos no vídeo

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22.05.2021 às 11:00 • Atualizado em 12.11.2024
Utilizar os comandos remotos de destravamento das portas e partida do motor tem seus benefícios, mas também suas pegadinhas. Contamos no vídeo

Com Camila Torres

Mais do que o novo visual e a renovação do acabamento interno, a Fiat Toro 2022 traz como suas duas principais novidades o motor 1.3 GSE turboflex de quatro cilindros, com 180/185 cv de potência e 27,5/27,5 kgfm de torque (gasolina/etanol), e um pacote de conectividade recheado de peripécias.

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Nesse último quesito, o item que mais chama a atenção talvez seja o sistema Fiat Connect Me. Não pelo botão de emergência no console de teto, pelas assistências a bordo, pela navegação offline ou pelas funções comandadas a partir de um aplicativo no celular. Nem mesmo pelo Wi-Fi a bordo. Isso tudo a Chevrolet já traz no sistema OnStar.

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A grande novidade está no fato de podermos obter informações em tempo real ou controlar alguns comandos do veículo, como travamento/destravamento das portas e o ato de dar partida ou desligar o motor remotamente.

A Stellantis promete um mundo de facilidades a partir desse serviço, mas na prática ele funciona mesmo? É tão útil assim? Que tipos de erro podemos encontrar nele? Foram essas perguntas que tentamos resolver em nosso vídeo exclusivo. 

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Assista à avaliação completa, que mostra também todas as mudanças estéticas e mecânicas, e confere como a nova Toro se comporta em movimento. Confira (a parte específica do uso da Alexa começa em 8:25):

E aí, funciona?

A resposta é sim, mas é preciso ter atenção a alguns detalhes. Em nossa avaliação por escrito da nova Toro, recheada de imagens exclusivas, já havíamos escrito sobre como funciona a interação da Toro com a Alexa. Relembre:

“Em nosso teste, conseguimos fazer tudo que a Fiat promete com ele [o sistema Connect Me]: travar ou destravar as portas, dar partida ou desligar o motor, tudo remotamente através do aplicativo instalado no celular ou do sistema Alexa. 

Mas é preciso ter alguns cuidados. Primeiro, a Alexa não entende comandos diretos como ‘ligue meu carro’. É preciso dizer: ‘Alexa, peça para a Fiat ligar o meu carro’, e só assim ela acederá. E não abuse da brincadeira, porque após três partidas remotas seguidas a picape entrará em modo de segurança e ficará ligável apenas presencialmente.”

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“Por fim, prefira não utilizar esse tipo de ajuda se estiver com muita pressa, porque pode haver imprevistos. Eu mesmo vivi um caso peculiar: solicitei que o motor fosse ligado pelo app com a chave dentro do carro, mas as portas trancaram automaticamente e o Android Auto sem fio conectou ao meu aparelho, que travou com tanta coisa aberta de uma vez.

Resultado: passei alguns bons minutos no processo de reiniciar o aparelho e me afastar do carro para o Android Auto não conectar sozinho, para aí então reabrir o aplicativo e destravar as portas. Nesse ínterim, o carro desligou sozinho.”

Vale lembrar que tudo isso está presente no pacote Fiat Connect Me, por enquanto oferecido como cortesia pela fabricante, mas que posteriormente será cobrado à parte, através de mensalidades.

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E o que mais a nova Toro traz de conectividade

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Talvez a área em que a Toro mais tenha evoluído seja mesmo em conectividade. A nova central UConnect com tela vertical representa um avanço enorme, porque parece finalmente ter resolvido os problemas de travamento e lentidão do sistema antigo. Mas atenção: ele é opcional na versão Volcano.

A tela possui boa resolução, comandos intuitivos e respostas rápidas, o que é um grande alívio. Durante nosso teste, ela não travou ou apresentou qualquer tipo de falha. Uma grande sacada é que ela opera através de widgets modulares, ou seja, você consegue configurar a tela principal deixando as funções que mais usa acessíveis logo de cara.

Uma dica é reservar alguns bons minutos de seu primeiro dia com a nova Toro para aprender a mexer na extensa lista de atalhos e comandos que a central possui. 

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O carregador de celular por indução é ainda mais simples: basta repousar o aparelho no local, sem capa, que a recarga começa automaticamente. Uma luz azul à esquerda do depositório indicará o carregamento. Caso ela acenda na cor vermelha, é porque o aparelho não é compatível com o carregamento sem fio.

Já o quadro de instrumentos não é 100% digital, como se aventou antes do lançamento da Toro 2022. Ele, de fato, possui uma tela TFT colorida de 7 polegadas que concentra velocímetro, conta-giros e todos os dados de viagem, navegação e sistema de áudio. Porém, as luzes-espia e os mostradores de combustível e temperatura do motor ainda são analógicos.

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Sua operação é tão intuitiva quanto a da central, através de botões no raio esquerdo do volante. Nas configurações, é possível escolher entre exibir o conta-giros, um “econômetro” ou deixar o velocímetro sozinho ao centro. Em modo Sport, a tela digital fica com fundo vermelho. O único incômodo é a luminosidade baixa, mesmo com oito níveis de ajuste.

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Também há possibilidade de ter Wi-Fi a bordo, a partir de um chip nativo da operadora Tim. O sinal a partir da antena do carro é superior ao de um celular, o que significa que será mais difícil perder o sinal em locais mais remotos.

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Entretanto, para usufruir da internet será preciso pagar uma mensalidade à parte, através de planos entre R$ 30 e R$ 100 por mês. Outra questão é que não dá para projetar o celular na central multimídia ao mesmo tempo em que se usa o Android Auto ou Apple CarPlay sem fio. Neste caso, só projetando o celular por meio do velho cabo USB.

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