Novo VW Polo, Polo Track e Virtus: entenda como deve ficar a linha

Família de compactos será reestilizada em 2022 com novidades importantes: hatch "parcialmente" europeu, hatch com visual próprio e um novo carro de entrada

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08.06.2021 às 19:36 • Atualizado em 29.05.2024
Família de compactos será reestilizada em 2022 com novidades importantes: hatch 'parcialmente' europeu, hatch com visual próprio e um novo carro de entrada

Nas últimas semanas, a Mobiauto publicou uma série de reportagens em parceria com o canal @overboostbr contando como vai ficar a gama de Volkswagen Polo e Volkswagen Virtus no Brasil após a reestilização de meia vida que a fabricante deve aplicar à família de compactos no primeiro semestre do ano que vem.

Segundo nossas apurações, hatch e sedan devem adotar caminhos diferentes no sentido estético, mas continuarão compartilhando a plataforma MQB A0 e toda a mecânica – que também terá novidades. O esportivo Polo GTS seguirá carreira solo, sem a companhia do Virtus GTS, que deve ser extinto.

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Por fim, a marca promoverá a estreia do Polo Track, projeto revelado mundialmente em primeira mão por nossa reportagem em setembro do ano passado e recentemente confirmado pelo Conselho Administrativo Global da empresa. Ele será posicionado como novo carro de entrada da VW na América do Sul, ocupando o lugar de Fox e Up! e, aos poucos, o do Gol.

Perdeu alguma parte dessas informações? Não se preocupe: neste texto, reunimos tudo que apuramos ao longo de maio para te resumir como ficará a gama de Polo, Polo Track e Virtus na linha 2023, a ser lançada entre o primeiro e o segundo trimestre do próximo ano. Confira:

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Novo VW Polo: só motor 1.0 turbo

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De acordo com nossos informantes, o VW Polo nacional reestilizado herdará a dianteira do novo Polo europeu, incluindo faróis inspirados na oitava geração do Golf e um para-choque com recorte mais amplo, integrando os nichos dos faróis de neblina em LED e a tomada de ar inferior.

Apenas na versão Highline a fabricante deve aplicar o filete iluminado na base da grade, integrando os faróis e o novo logotipo da marca. O conjunto óptico dianteiro deve ser full-LED nas opções mais caras, usando faróis do tipo Ecoled, ou seja, por refletores côncavos, como no Nivus, e luzes de neblina por projetor.

Já a traseira deve manter o desenho atual das lanternas e da tampa do porta-malas, mudando apenas o arranjo interno de iluminação, que ganhará guias de LED. Com isso, a VW do Brasil não precisará gastar com lanternas bipartidas nem atualizar a estamparia do porta-malas e economizará alguns quinhões. Somente o para-choque traseiro ganhará os traços do europeu.

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Por dentro, o painel será atualizado com novas faixas, volante vindo do Nivus e um quadro de instrumentos digital de 8 polegadas nas versões básicas, mantendo o de 10,25 polegadas na opção Highline. A central será a VW Play, já adotada pelo Polo 2022 brasileiro

A grande surpresa deve estar na motorização: o 1.6 16V MSI naturalmente aspirado flex de 110/117 cv e 15,8/16,5 kgfm (gasolina/etanol) deve dar adeus à gama e ser substituído pelo 170 TSI (1.0 três-cilindros 12V turboflex com injeção direta de 101/105 cv e 16,7/16,8 kgfm) na versão de entrada, composta por câmbio manual de cinco marchas. 

A especificação 200 TSI dessa mesma usina, rendendo 116/128 cv e 20,4 kgfm, será mantida nas opções Comfortline e Highline, gerenciada sempre pela caixa automática com conversor de torque de seis velocidades da Aisin, com borboletas para trocas sequenciais manuais atrás do volante.

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Novo VW Polo GTS: o mais forte e tecnológico

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O Polo GTS acompanhará o restante da linha nas atualizações, mas com particularidades que vão além do uso exclusivo do propulsor 250 TSI, um 1.4 quatro-cilindros 16V turboflex de 150 cv e 25,5 kgfm independentemente do combustível utilizado.

Os faróis, por exemplo, serão idênticos aos do novo Polo oferecido no Velho Continente, incluindo duas lâminas de LED na base, que servem como luzes de posição, e projetores munidos do sistema IQ Light, a ser estreado em nosso mercado neste mês pelo SUV médio Taos

O conjunto de iluminação inteligente inclui fachos direcionais e com regulagem automática de altura, luzes de neblina integradas, função antiofuscamento para outros veículos (tanto os que vêm no sentido contrário quanto os que andam à frente) e raio de alcance otimizado lateral e longitudinalmente.  

A grade terá filete iluminado, como no novo Polo Highline, mas as divisórias da grade e da tomada de ar inferior do para-choque serão do tipo colmeia, imitando o desenho do novo Polo GTi europeu. Isso significa que as luzes diurnas de LED devem ficar encravadas nas colmeias. A versão adotará, ainda, um para-choque traseiro com difusor e dupla saída de escape. 

Por dentro, o modelo seguirá com bancos esportivos, costuras e molduras na cor vermelha e quadro de instrumentos digital de 10,25”. Mas deve ser a única versão do novo Polo a contar com controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e frenagem autônoma emergencial.

Tudo parece muito bom nesta parte da notícia, mas a parte negativa é que o hot hatch não deve mais ter a companhia do Virtus GTS, ficando como única opção da linha esportiva no Brasil. Mais adiante explicaremos por que a VW tomou esta decisão. 

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Novo VW Virtus: cruzamento de Nivus com Jetta

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Em setembro do ano passado, os amigos do Autos Segredos já haviam atentado para essa estratégia, agora reforçada por nossas fontes: o Virtus será descolado visualmente do Polo com o facelift, ganhando uma identidade visual própria. A maior surpresa está no fato de que ele deve receber os faróis do Nivus e uma grade mais aberta, ao estilo do Jetta.

Não apenas os faróis virão herdados do SUV cupê, como também as luzes de neblina, embora os recortes do para-choque sejam exclusivos. Nas versões de topo, o novo Virtus deve trazer o filete de LED iluminado posicionado no centro da grade. Atrás, as mudanças serão discretas, concentradas ao miolo das lanternas, com guias de LED, e na base do para-choque.

Devido a esse visual diferente, não compensará para a VW desenvolver um Virtus GTS, principalmente porque o sedan esportivo possui um volume de vendas ínfimo se comparado ao irmão hatch. Em vez disso, ele pode ganhar uma configuração esportivada, como a linha R-Line, posicionada acima das versões Comfortline e Highline.

Por dentro, aí, sim, o painel do Virtus 2023 deve ser idêntico ao do novo Polo, incluindo cluster digital de 8 ou 10,25 polegadas, volante do Nivus e central VW Play. A versão Highline do sedan já deve incorporar de série o ACC e a frenagem autônoma emergencial, que estarão ausentes no Polo equivalente. 

Voltando a falar sobre o suposto Virtus R-Line, seu propulsor deve ser o 200 TSI, a ser aplicado também nas derivações Highline e Comfortline. Apenas a opção mais básica, manual, deve trazer o propulsor 170 TSI.

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VW Polo Track: “Golzão” em sua plenitude

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Ao que tudo indica, será uma variante ainda mais simples do que o do Polo 1.0 MPI vendido atualmente. De início, o projeto até previa a inserção de elementos aventureiros, mas por questões de custo a fabricante enxugou a maquiagem e deixará a carroceria do hatch a mais simples possível. 

A única alusão ao sobrenome Track estará em adesivos que devem ser aplicados nos cantos inferiores das portas laterais traseiras e no centro do porta-malas. Esta, inclusive, formará com o novo logotipo da VW o singelo pacote de mudanças estéticas, visto que o compacto manterá todo o desenho do Polo antigo.

Faróis e lanternas serão halógenos, enquanto luzes diurnas de LED e faróis de neblina devem ficar de fora dos itens série, sendo ofertados apenas opcionalmente. As rodas serão de aço com calota, aro 14, e até as maçanetas devem ficar em preto fosco para economizar custos.

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Por dentro, o compacto manterá o painel e o volante de Polo e Gol atuais, e trocar a manopla de câmbio do Polo manual 2022 pela do Gol, mais simples. O quadro de instrumentos deve ser analógico com computador de bordo digital monocromático e o sistema de entretenimento, o o Media Plus, com rádio Bluetooth, MP3 e entradas USB, mas sem projeção de celulares. 

Uma central mais completa, como a Discover Media, talvez venha como opcional. Pelo menos as travas e vidros elétricos com função “um-toque” devem ser mantidos, assim como o controle eletrônico de estabilidade. Porém, os retrovisores externos tendem a continuar com ajuste manual, como acontece atualmente no Polo MPI.

Já o motor 1.0 três-cilindros aspirado 12V flex da família EA211, conhecido como MPI, deve passar dos atuais 75/84 cv para cerca de 80/86 cv, sempre gerenciado por um câmbio manual de cinco marchas. O motor 1.6 MSI está praticamente descartado da gama, pelo menos neste primeiro momento.

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