Por que os carros 1.0 turbo da Stellantis serão todos híbridos em breve?
Com o objetivo de se adequar às novas leis de emissão, a Stellantis tornará todos os seus 1.0 turbo em carros híbridos
A Stellantis confirmou que irá investir R$ 30 bilhões no Brasil até 2030, o maior valor da história do mercado automotivo brasileiro, isso já é sabido. Porém, muitos nem desconfiam que parte desse montante será destinado a tornar todos os carros 1.0 turbo do conglomerado em híbridos já no ano que vem.
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Isso mesmo, em 2025 todos os veículos de propulsor 1.0 turbo da Stellantis, como Fiat Strada, Citroen C3 e Peugeot 2008, se tornarão híbridos. Mas por quê? Essa resposta já foi dada em 2022.
Isso porque esse movimento não é uma estratégia de mercado, mas sim uma forma de se adequar às normas de emissão do Proconve L8 (PL8), mais especificamente a sua primeira fase, que será vigente a partir de 2025.
Aos que não sabem, o PL8 é um programa governamental de controle de emissões veiculares divulgado em 2022. Já na sua oitava fase (por isso o 8), o plano é dividido em três partes, com a primeira prevista já para 2025.
As regras irão estabelecer novos limites máximos de emissão de poluentes para as montadoras. Esses limites, porém, não serão cobrados de forma individual para cada modelo, mas sim a partir da média de emissão dos veículos de cada marca.
Assim, não será necessário que todos os carros da empresa estejam abaixo do exigido, só um número suficiente de modelos abaixo da média para compensar aqueles que a extrapolarem.
Isso abre margem para estratégias como essa da Stellantis. O grupo não baixará a emissão de todos os seus veículos. Ele tornará seus carros 1.0 turbo em híbridos, o que irá baixar consideravelmente a emissão destes e compensar a emissão acima da média de seus outros modelos.
O motor 1.0 turbo da Stellantis
Tratado comercialmente como T200, o motor 1.0 turbo da Stellantis foi lançado em 2021, justamente o ano em que o conglomerado se formou a partir da fusão de suas 18 marcas.
A usina é composta pelo propulsor 1.0 turbo de três cilindros, associado a uma transmissão automática CVT de sete marchas simuladas. O rendimento é de 125/130 (G/E) cavalos de potência e um torque máximo de 20,4 kgfm.
O motor equipa modelos da Fiat, Peugeot e Citroen - ditas as três principais do grupo. A fabricante italiana faz uso do propulsor no Fiat Pulse (Audace e Impetus), Fastback (Turbo 200, Audace e Impetus) e Fiat Strada (Ranch e a Ultra).
Na Peugeot, o 1.0 turbo está presente no Peugeot 208 (Allure e GT) e 2008 (Active, Allure e GT). Já no caso da Citroen, ele está presente sob o capô de Citroen C3 (You!), C3 Aircross (Feel, Feel Pack e Shine) e Basalt (Feel Turbo, Shine Turbo e Limited Edition).
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