Renault confirma produção do Kwid fora do Brasil e abre alas ao Kardian
Subcompacto será fabricado na Colômbia a partir de 2025, confirmando informação dada em primeira mão pela Mobiauto
A Renault confirmou, no fim da última semana, que a fábrica da marca administrada pela Sofasa em Envigado, na Região Metropolitana de Medellín (Colômbia), passará á produzir o subcompacto Kwid a partir do primeiro semestre de 2025 ou “quiçá antes”, nas palavras de Luiz Fernando Pedrucci, presidente da companhia na América Latina.
Tal notícia ratifica a informação trazida pela Mobiauto em primeira mão em julho deste ano. Para migrar parte da fabricação do Kwid do Brasil para o complexo colombiano, a Renault fará no local um investimento de US$ 100 milhões (R$ 490 milhões). O trabalho de adaptação das instalações para receber o processo produtivo CMF-A do modelo envolve uma equipe de mais de 100 pessoas.
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Lá, o Kwid deve ser produzido junto do SUV Duster, como substituto do trio Sandero, Stepway e Logan. Estes devem ser gradativa e definitivamente tirados de linha tanto no Brasil como na Colômbia até o final de 2024. Já o Kwid continuará sendo feito aqui, em volume reduzido e em conjunto com a Colômbia.
Segundo a Renault, em evento que contou com a presença de Pedrucci e do presidente da Renault-Sofasa, Ariel Montenegro, o Kwid colombiano será produzido não apenas para abastecer o mercado local, mas também para ser exportado a cerca de 15 países da América Latina. Parte dos componentes do pequeno hatch ainda virá do Brasil e outra, da Índia.
Por que o Renault Kwid terá parte da produção migrada para a Colômbia
Projeção do novo Renault Kardian (@TudodeCarro)
Com a decisão, o Kwid brasileiro terá seu volume produtivo reduzido, a fim de abrir espaço na planta de São José dos Pinhais (PR) para novos produtos. O primeiro será o SUV pequeno Kardian, que começa a ser montado em série no princípio do ano que vem.
Depois dele, a fabricante planeja nacionalizar a produção de outros dois produtos entre 2025 e 26: a terceira geração do Duster e o inédito SUV de sete lugares Bigster (projeto X1312), que aproveitará boa parte da estrutura do New Duster, porém com dimensões espichadas. Ambos utilizam a plataforma CMF-B, a mesma do Kardian.
Projeção do novo Renault Duster (@KDesignAG)
Além deles, a marca deve seguir produzido o Duster G2 (matriz B0) por mais alguns, promovendo uma convivência entre as duas gerações no mercado. A picape Oroch também deve ser mantida em linha por mais um tempo, com foco em frotistas e uso para o trabalho.
Já a sucessora da Oroch, uma picape que também nascerá da costela do New Duster, sobre a matriz CMF-B, terá produção na Argentina, com direito a uma irmã gêmea da Nissan, e foco em brigar mais diretamente com a Fiat Toro.
Projeção da sucessora da Renault Oroch (@KDesignAG)
Além dessas mudanças, a marca do losango apostará mais fortemente na produção local de motores, com os propulsores 1.0 e 1.3 turbo flex da família TCe sendo fabricados localmente pela Horse, também no Paraná, junto de uma variante híbrida flex do motor 1.6 SCe.
Projeção da nova Renault Alaskan (Kleber Silva/Mobiauto)
Contamos todos os planos da Renault para o Brasil nos próximos anos neste artigo, inclusive o cronograma de lançamento de mais três elétricos importados para o Brasil, e a chegada da picape média Alaskan fortemente renovada, via Argentina.
Por tudo isso, a Renault decidiu migrar parte da linha do Kwid para a Colômbia. Assim, liberará a fábrica brasileira para produtos maia rentáveis e de maior valor agregado.