Todas as gerações do Toyota Corolla, o carro mais vendido do mundo

AC
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20.09.2019 às 20:10 • Atualizado em 29.05.2024

O Toyota Corolla já repaginou o visual mais vezes que você trocou de roupa essa semana. Não é para menos. Em 53 anos de história, a marca agora aposta em uma versão híbrida flex – sendo o primeiro do mundo com essa tecnologia.

O Novo Toyota Corolla está cheio de novidades, mas vale lembrar que, para chegar a sua 12ª geração, a fabricante trilhou uma longa caminhada até aqui. A montadora segue se posicionando fiel em sua meta de melhorar a qualidade de vida das pessoas com a ajuda de tecnologias mais avançadas de seus produtos e serviços e continua crescendo – possui mais de 340 mil colaboradores em fábricas em todos os cinco continentes e presente em mais de 160 países.

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Não só de carros vive a marca japonesa. A Toyota conta com a produção e venda de barcos, seus respectivos motores e outros equipamentos industriais. Trabalha também com construção de casas, condomínios e projetos de habitação. Não para por aí: a Toyota é influente em questões ambientais e pioneira na área da biotecnologia e agricultura. Isso inclui pesquisas de alternativas mais ecológicas aos convencionais plásticos e a plantação de área florestal na China para evitar o avanço das areias do deserto. Ufa! Agora dá para ter uma ideia do porquê essa é a marca dona do modelo mais vendido na história.

Por que Corolla?

A palavra Corolla, assim como todos os nomes de carros da marca, deriva do latim “coroa de flores”, que significa triunfo e felicidade. Na época, a montadora seguiu uma outra tradição não mais presente hoje: os nomes dos modelos começavam todos com a letra “C” - Crown, Corona, Carina, Century, Celica, Camry.

As 12 gerações do Toyota Corolla

1ª Geração

A primeira geração do Toyota Corolla foi lançada no Japão em outubro de 1966. Tatsuo Hasegawa é o nome do chefe de desenvolvimento do modelo pioneiro e sabia que a chave para ganhar o mercado japonês era qualidade. Assim, o slogan de lançamento era "ser o carro mais procurado pelo mercado global, apresentando ao mundo a essência da tecnologia da Toyota". 

O Corolla foi projetado para ser um carro popular, mas contava com diferenciais nunca vistos no mundo. Isso resultou em um nível de interesse fenomenal e, independentemente de qual carro era comparado, seus recursos inovadores se destacavam. Um fato engraçado é que as entregas dos modelos aos seus novos proprietários atraíam multidões de admiradores. Depois de muita experimentação e investimento em tecnologia, o modelo virou líder de mercado no Japão em apenas três anos.

2ª Geração

O trabalho no Corolla da segunda geração começou em 1967, aproximadamente um ano após o lançamento do carro de primeira geração e, mais uma vez, foi desenvolvido sob a direção de Tatsuo Hasegawa. Depois do sucesso, a Toyota quis aproveitar a reputação favorável do carro, desenvolver os gostos mais exigentes de seus compradores e criar dentro deles um senso de lealdade à marca.

Naquela época, a infraestrutura rodoviária do Japão estava cada vez mais desenvolvida e foi inaugurada a estrada que ligava Tóquio ao sul do país com aproximadamente 500 km de distância. Portanto, a Toyota teve o desafio de pensar no novo modelo com capacidade para percorrer essa distância sem precisar parar para abastecer, o que levou à instalação de um tanque de combustível maior de 45 litros.

Melhorar o Corolla não era uma proposta fácil. O modelo já era um líder de classe e um fenômeno de vendas. A equipe não decepcionou e, seguindo a tendência estabelecida por seu antecessor, foram vendidas mais de 2 milhões de unidades.

3ª Geração

A terceira geração chegou em abril de 1974. Foi lançado como o “melhor carro da família” e teve como líder de desenvolvimento Shirou Sasaki.

Como de costume, a Toyota investiu em novos padrões de recursos de segurança e conforto, mas manteve o preço econômico de compra e os baixos custos de operação. Outro ponto importante: a Lei do Ar Limpo entrou em vigor nos Estados Unidos em 1963, mas estava sendo regularmente alterada e ampliada e seus regulamentos também estavam sendo adotados no Japão. Os veículos que não reprovados nesses regulamentos não podiam ser vendidos, então, esse novo modelo foi pensado desde o início para atender às metas de emissões de poluentes.

Não parou por aí: foi no ano de 1974 que o volume de vendas do Corolla ultrapassou o do Volkswagen Fusca e conquistou o título de carro mais vendido do mundo. 

4ª Geração

O Corolla da quarta geração começou a ser desenvolvido no início de 1975 e tinha como liderança o engenheiro-chefe Fumio Agetsuma. 

Como o Corolla da terceira geração já era o carro mais vendido do mundo, Agetsuma sentiu o peso da responsabilidade em garantir manter essa posição.

Introduzido no mercado em março de 1979, tempo em que a economia do Japão estava finalmente se recuperando da crise mundial do petróleo, um dos grandes desafios foi exatamente esse: garantir um carro econômico. Além disso, os cidadãos japoneses estavam recuperando poder aquisitivo e crescia a vontade de melhorar a qualidade de vida. Portanto, o novo Corolla era um carro familiar que mesclava o  luxo com economia e ainda tinha desempenho geral superior às versões anteriores. 

Não deu outra: o Corolla mais uma vez conquistou o título do carro mais vendido do mundo e, mais além, sua produção cumulativa atingiu a marca de dez milhões de unidades no mundo.

5ª Geração

O modelo da quinta geração nasceu no mercado japonês dois meses depois do marco de produção de dez milhões de unidades do Corolla. 

Seu lançamento foi em maio de 1983 e contou com pontos importantes em seu desenvolvimento, como por exemplo a mudança da tração traseira para tração dianteira. Isso possibilitou aumento de espaço e um estilo mais atraente para uma geração mais jovem. 

Por conta dessas mudanças no visual do carro, que ficou mais quadradinho e jovial, foi considerado o modelo mais abrangente da história do Corolla e o levou, mais uma vez, à posição de carro mais vendido do mundo.

6ª Geração

Corolla da sexta geração foi lançado no mercado japonês em maio de 1987 pelo recém-promovido líder de desenvolvimento Akihiko Saito. 

Na década de 80, houve uma mudança na maneira de posicionamento dos carros diante da sociedade. Os consumidores agora procuravam por veículos de alta qualidade não apenas para transportar, mas para exibir um estilo de vida.

O modelo foi lançado com o slogan: “Uma nova história em veículos japoneses começou. O nascimento do novíssimo Corolla, um novo salão da Toyota”. Sim, o slogan continha três menções à palavra 'novo' em duas frases curtas. Por que? Eles buscaram enfatizar o ponto em que todas as áreas do carro foram redesenhadas, com o objetivo expresso de elevar os padrões de luxo e qualidade. A equipe responsável pelo desenvolvimento dessa geração fez mais de 2 mil propostas diferentes e contou com a ajuda de cerca de 100 fabricantes de peças automotivas para melhorar a qualidade geral do modelo, mesmo em áreas que o consumidor nunca veria. 

De look novo por fora e por dentro! Existem até relatos de que os designers estudaram letras de músicas japonesas a fim de tentar descobrir o que seria aceito pelo público. Isso tudo resultou em um Corolla bem recebido em todos os mercados mundiais, popular durante toda a sua vida com uma qualidade incorporada ao carro muito além do nível encontrado nas ofertas de carros familiares da época. 

7ª Geração

Em 1991, a média da produção diária e global dos modelos Corolla era de 4.300 unidades por dia. Assim, continuava sendo o carro mais popular do mundo.

Akihiko Saito permanecia como líder de desenvolvimento na sétima geração e trouxe um design mais arredondado, com uma sensação mais esportiva. Era a geração maior e mais pesada até aqui, cerca de 350 componentes foram alterados e aprimorados. Além do design externo, o design interno também contou com melhorias nos materiais utilizados e na busca por um ar moderno.

O Corolla dessa geração era “mais”: contava com mais modelos variados, era mais rápido, mais seguro, mais silencioso e mais refinado do que nunca. 

8ª Geração

A sociedade dos anos 90 era mais preocupada com a proteção ambiental global. A ONU organizou a conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento na cidade do Rio de Janeiro, seguida pela Conferência de Quioto sobre a Prevenção do Aquecimento Global em 1997. Esses dois eventos serviram para planejar e moldar ações com intuito de proteger o meio ambiente e serviram como base para os atuais regulamentos de emissões de dióxido de carbono.

Diante desse cenário, Takayasu Honda - sim, Honda já foi o sobrenome de um dos líderes de desenvolvimento da Toyota - tinha como objetivo não apenas projetar um carro atraente, mas também melhorar sua eficiência de combustível, reduzir o peso e emissões do veículo. 

Essa geração representou uma mudança da Toyota em vários aspectos. A montadora também desenvolveu versões diferentes para atrair os gostos diversificados dos consumidores na Ásia, América do Norte e Europa.

9ª Geração

Conhecido como modelo Brad Pitt, a nona geração foi liderada pelo engenheiro-chefe Takeshi Yoshida e seu objetivo era montar um carro que rompesse o vínculo com os modelos Corolla do passado, que estavam com a fama de serem “carros de tiozão” e voltados a população mais antiga. Chegou até a ser cogitada a possibilidade de mudar o nome Corolla.

Portanto, Yoshida focou no desempenho e qualidade acima de qualquer outra coisa. Então, em vez de desenvolver o carro para atender às necessidades de mercados de grande volume, o veículo foi projetado para atrair o mercado mundial mais exigente - a Europa. 

Foi então, seguindo essa linha mais jovem, que Brad Pitt foi convidado para ser o garoto-propaganda do modelo - que ganhou o apelido do nome do ator. Na nona geração também que o Corolla conquistou o título de carro mais vendido no Brasil.

10ª Geração

O ano de lançamento dessa nova geração foi no 40º aniversário de vendas do Corolla.

O líder de desenvolvimento Soichiro Okudaira decidiu apostar na reformulação do design e, como ele mesmo disse, fazer do novo carro um modelo com uma perspectiva e escala verdadeiramente globais. 

Existia, durante o desenvolvimento, uma meta de impressão de cinco minutos. Isso significava que o cliente precisava reconhecer a qualidade do novo modelo dentro dos cinco minutos que seguiam após o acionamento do veículo. Para atingir essa meta, a Toyota apostou em tecnologia, desempenho, espaço e facilidade de uso.

Resultado: o desempenho dinâmico dessa geração foi comparado com os melhores modelos da Europa e a facilidade de uso e o espaço eram de mesmo nível aos modelos norte-americanos.

11ª Geração

A décima primeira geração Corolla veio para o mundo como o estrondo do modelo mais popular de todos os tempos. Em julho de 2013, o Toyota Corolla atingiu o marcador de 40 milhões de veículos vendidos, algo que nenhuma outra montadora conseguiu.

As principais mudanças eram focadas na qualidade sensorial, altos níveis de tecnologia e equipamentos de segurança de última geração. No Brasil, a mudança do câmbio de quatro marchas para o CVT foi destaque.

Entre as maiores evoluções no design podemos destacar o aumento de espaço e tamanho do modelo e seu visual mais arrojado e moderno.

12ª Geração

E, finalmente, a décima segunda geração, o modelo mais recente do Corolla. 

Recém-lançado, revolucionou mais uma vez como em todos esses últimos anos - é o primeiro carro híbrido flex da história. Ou seja, o carro funciona com gasolina ou etanol, junto a dois motores elétricos. 

A Toyota tem mais de 20 anos de liderança técnica híbrida no mundo, sendo o Prius, da mesma marca, o primeiro carro híbrido no Brasil.

Entramos então com a montadora japonesa em uma nova de tecnologia, conforto, economia e sustentabilidade.

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