Toyota Corolla 2020: Primeiras impressões versão híbrida

Camila Torres
Por
05.09.2019 às 22:34 • Atualizado em 29.05.2024

A Toyota fez algumas apostas para a linha 2020 do Corolla, a começar pela versão híbrida flex comercializada por R$124.990, mesmo valor da versão topo de linha Altis. A estimativa de vendas da versão pela fabricante é de 1.000 unidades por mês. O modelo traz muitas novidades e manteve o que acredita ser o forte do modelo. 

Não se mexe em time que está ganhando

O design do Corolla 2020 manteve a identidade conservadora, pois, para a Toyota não faz sentido mudar o estilo do modelo, por ter um público muito bem definido para este carro. Mas para conquistar novos consumidores, a fabricante japonesa apostou em alguns toques mais audaciosos no visual do sedan. Como os vincos bem marcados do capô e a ousada grade hexagonal de barras extensas que deixam a dianteira com uma agressividade jamais vista no Corolla em solo nacional. 

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A traseira também ganhou linhas arredondadas e curvas mais evidenciadas. Um fio cromado liga os faróis em LED que se esticam até as laterais da carroceria. Na versão topo de linha Altis, os faróis são em Bi-LED.  

As rodas em todas as versões são de liga leve, Altis Híbrida e XEi em aro 17 e na GLi em aro 16, ambas com acabamento na cor prata. Apenas a versão Altis conta com rodas aro 17 na cor preto brilhante e teto solar elétrico de série (opcionais na versão híbrida). 

Interior minimalista

Os assentos contam com 3 tipos de acabamento: GLi em tecido com alguns detalhes de couro, XEi e Altis Híbrida tem todo revestimento em couro, ambas na cor preta. Já a Altis e a versão híbrida com pacote premium também têm os bancos em couro, mas em dois tons: bege e marrom.

O painel é organizado. A central multimídia está posicionada um pouco mais alta que o volante, para não tirar a atenção do motorista da pista. O volante de 3 raios é revestido em couro e multifunções em todas versões. Se não houver um ocupante no assento do meio, os ocupantes traseiros podem desfrutar do apoio de braços com porta-copos central. Mas não podem contar com saídas de ar e nem sequer entrada USB para carregar o celular. 

Corolla perde 20 mm de altura 

Outro ponto que deixou os passageiros traseiros frustrados foi a altura do carro, que perdeu 20 mm em relação a geração anterior. Pessoas com 1.80 de altura passam pelo desconforto de ficar com a cabeça rente ao teto. No comprimento, o carro ganhou 10 mm, que nada acrescentaram no espaço interno, pois, o entre eixos continua exatamente com os mesmos 2700 mm. Mas este não é um motivo para reclamar. Afinal, é uma dimensão boa para um sedan médio. Na largura, o modelo aumentou 5 mm, um ganho praticamente imperceptível. 

Não foi nesta geração que o Corolla superou o bagageiro de 519 litros do Honda Civic ou os 510 litros do Volkswagen Jetta, o porta-malas do sedan da Toyota continua com 470 litros de capacidade. 

Desempenho versão híbrida flex

O Corolla Altis Híbrido tem 3 motores. O motor a combustão é o VVT-i 16V de ciclo Atkinson flex, capaz de entregar 101 cavalos a 5.200 rpm se abastecido com etanol e 14,5 kgfm de torque a 3.600 giros, seja com gasolina ou etanol. Já os dois motores elétricos juntos entregam 72 cavalos, são menos potentes, mas tem mais torque, com 16,6 kgfm. A potência dos três trabalhando em conjunto é de aproximadamente 123 cavalos, já o torque combinado não foi possível ser calculado pela Toyota. 

Outro ponto, é que a bateria do Corolla possui sistema regenerativo através do freio. A energia cinética gerada nas frenagens é acumulada e transformada em energia elétrica para alimentar a bateria híbrida de níquel-hidreto metálico. O que é um ponto positivo, pois o motorista não precisa se preocupar em carregar as baterias, como é feito em um modelo plug-in. O ponto negativo, é que não é possível rodar muito tempo no modo elétrico, a autonomia é de apenas 2 km.

Como se pode ver os motores não foram feitos para trabalharem de forma independente, mas em conjunto. O elétrico atua no arranque e em baixas velocidades. Ou seja, os dois motores elétricos são auxiliares do motor a combustão, pois, contribuem para uma menor emissão de poluentes e uma maior economia de combustível. 

A versão híbrida conta com transmissão Hybrid Transaxle, que funciona através de planetária com engrenagem. Contribuindo para uma aceleração linear, que diminui e aumenta continuamente, assim como um câmbio CVT convencional. Outro ponto interessante da transmissão, é a marcha ‘B’, ativando o one-pedal, que permite acelerar e desacelerar usando um único pedal. 

No geral, o desempenho do Corolla agrada. Os três motores e a transmissão trabalham bem juntos, entregando o esperado ao pisar no acelerador. Mas não espere a performance do motor 2.0. Pois, a versão híbrida tem uma proposta bem diferente, que tem como prioridades a economia de combustível e um compromisso com o meio ambiente. 

A faculdade me fez jornalista, a vida me fez aficionada por carros esportivos e adrenalina. Unindo paixão e profissão, realizo a missão de conectar pessoas com o universo automotivo, mas confesso que já tentei pilotar um kart e não deu muito certo.

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