VW Jetta foi híbrido bem antes do Corolla e fazia 19 km/l; por que não veio?

Sedan médio alemão foi apresentado no Brasil em 2012, mas não foi colocado à venda

Vinicius Moreira
Por
06.01.2025 às 21:31

Toyota Corolla e BYD King duelam pelo posto de sedan médio híbrido mais vendido atualmente. Mas essa história poderia ter sido bem diferente com a presença de um terceiro integrante e bem conhecido por aqui, o Volkswagen Jetta. Você não leu errado, o Jetta já foi híbrido e revelado ao público brasileiro em 2012 durante o Salão do Automóvel de São Paulo.

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Já naquela época, o VW Jetta Hybrid era equipado com o conhecido 1.4 TSI, que entregava seus 150 cv e 25,5 kgfm de torque, combinado a um motor elétrico de 20 KW (27 cv). Juntos, os propulsores entregavam 170 cavalos. O câmbio é um automatizado de dupla embreagem com sete marchas, o popular DSG.

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O sistema elétrico era abastecido por uma pequena bateria de 1,1 KWh, que garantia apenas 2 km de autonomia no modo elétrico, entrava em cena automaticamente após os 60 km/h ou por acionamento na alavanca do câmbio depois dos 70 km/h. O Jetta híbrido já contava também com auxílio do sistema de frenagem para regenerar a bateira. Enquanto o 1.4 TSI recebia apenas gasolina.

Com um peso de 1.500 kg, o Jetta híbrido tinha pouco mais de 100 kg que a versão a combustão. Com esse conjunto, a VW atestava um consumo de 19 km/l em um trajeto cidade/estrada. O sedan híbrido chegava a consumir 20% menos que a opção com motor térmico.

Como comparação, um Jetta 2.0 TSI 2012 de 200 cv tinha um consumo declarado de 8,9 km/l na cidade e 12,1 km/l na estrada. Assim, o sedan híbrido teria um acréscimo de autonomia para 10,7 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada.

No mesmo ano em que foi apresentado no Brasil, o Salão de Detroit nos Estados Unidos foi palco para a chegada do Jetta híbrido, com a diferença que por lá ele foi vendido efetivamente até 2016.

Três anos depois, o Toyota Corolla seria o primeiro modelo híbrido flex do Brasil. Desde então, o sedan japonês só foi ameaçado de fato com a chegada do BYD King no ano passado, pois por conta do alto preço, o Honda Civic não se justificava frente ao Corolla.

Por que o Jetta híbrido não foi vendido no Brasil?

Os híbridos não eram tão populares em 2012, assim como as regras de emissões eram menos rigorosas. Somado a isso, inclua que o custo da eletrificação era bem mais alto do que agora.

Pense que o forte do mercado automotivo brasileiro nunca foi o preço. Agora, imagine o quanto poderia custar um VW Jetta híbrido. Só a título de curiosidade, o sedan eletrificado saiu de linha nos Estados Unidos justamente por custar mais e não cair no gosto do público americano.

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Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.

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