Ferrari única no Brasil vai a leilão como sucata após 18 anos
Ferrari Dino 208 GT4 1975 foi apreendida em 2006 e apodreceu em pátio em Santo André
Uma Ferrari única no Brasil deveria valer milhões de reais, mas não é o caso da Dino 208 GT4 1975 que está disponível em leilão. A raridade foi apreendida em 2006 e nesses 18 anos ela passou maus bocados no pátio da Prefeitura de Santo André (SP).
No site do leiloeiro que executa o pregão da Ferrari, o carro é descrito como sucata. “Veículo em péssimo estado de conservação e sem funcionamento por ocasião da diligência. A lataria do veículo encontra-se completamente deteriorada pela ferrugem”, diz o texto.
Você também pode se interessar por:
- Por que Bugatti Chiron de R$ 60 milhões tem chave de VW Polo?
- 4 carros que acenderiam uma fogueira de São João
- Esse Jeep clássico tem motor V8 de 807 cv e custa R$ 2 milhões
- Por que este VW Fusca 1600 S é vendido pelo preço de um Compass diesel
“A parte interna também está severamente deteriorada, sobretudo pela excessiva quantidade de sujeira. O motor e as partes mecânicas do veículo também encontram-se afetados pela ferrugem. Devido ao elevado nível de deterioração, foi avaliado como sucata”, segue a descrição.
O carro pertencia a Ferry Lazar, romeno que morava no Brasil e chegou a aparecer em programas de calouros em uma tentativa de ser cantor. A Ferrari Dino teria vindo do Paraguai sem o pagamento regular dos impostos. O fato motivou um inquérito por importação indevida, segundo o relato do filho Bruno Lazar em entrevista ao jornal O Globo.
Segundo reportagem do UOL Carros. Ferry Lazar teria deixado o carro em uma oficina mecânica em 2002, mas o estabelecimento fechou e o carro sumiu. Quatro anos depois, o esportivo que era azul, foi encontrado pintado de amarelo e com o chassi adulterado. A polícia foi chamada e o veículo apreendido. Com as pendências da importação, a Dino nunca foi resgatada do pátio.
Como é a Ferrari Dino 208 GT4
A Ferrari Dino nasceu com uma polêmica. O motor Fiat fazia com que muitos puristas não a considerassem uma legítima Ferrari. Outro fato que fazia os fãs da marca torcerem o nariz era o design assinado pelo estúdio Bertone, e não pelo Pininfarina, parceiro de longa data.
O motor era um compacto V8 2.0 com 172 cv. A velocidade máxima era de 220 km/h. Até hoje, este é o menor motor V8 que já equipou uma Ferrari.
Receba as reportagens da Mobiauto via Whatsapp