Novo navio voador elétrico é “galinha” dos meios de transporte

O Sea Cheetah WIGE é um conceito de navio elétrico voador que funciona com base no efeito solo

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22.10.2024 às 12:40 • Atualizado em 27.11.2024
O Sea Cheetah WIGE é um conceito de navio elétrico voador que funciona com base no efeito solo

Os carros voadores sempre estiveram em nosso imaginário e, inclusive, parecem se tornar cada vez mais realidade. Agora, porém, essa ambição parece se estender a outros meios de transporte; é o caso do novo navio voador elétrico que quer revolucionar o transporte marítimo sustentável como conhecemos.

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O projeto em questão foi apresentado há algumas semanas pela startup norte-americana Sea Cheetah, sediada em Miami, com o nome de Sea Cheetah WIGE, e trata-se de um navio voador movido por motores elétricos alimentados por hidrogênio.

 

A aeronave/navio ainda está em fase de desenvolvimento de seu design, mas a ideia é que ela seja capaz de transportar tanto passageiros como cargas sem emissões de carbono, a partir do fenômeno do efeito solo.

Aos que não sabem, o efeito solo é um tipo de ocorrência que se dá quando um avião ou aeronave voa muito próxima da superfície terrestre. Essa distância reduzida gera uma compressão de ar entre as asas e o solo, o que acaba por dar uma maior sustentação ao objeto voador. É isto que o Sea Cheetah WIGE tentará fazer uso.

 

O veículo usará a tecnologia Wing-in-Ground Effect (WIGE) - daí seu nome - que o permitirá viajar a apenas alguns metros da superfície da água – tal qual um voo de galinha. Espera-se que a partir disso o navio ganhe autonomia e diminua seu consumo de energia.

Justamente por essa exploração do efeito solo, o conceito conta com um visual que remete bastante a uma aeronave tradicional, com asas espessas, aletas em suas extremidades e dois motores posicionados em seu extradorso. Apesar de seu design, o veículo não será homologado como aeronave nos Estados Unidos, mas sim como embarcação marítima.

Além do efeito solo, os motores elétricos serão alimentados por hidrogênio, como já comentado. A substância, que pode ser armazenada tanto de forma líquida quanto gasosa, possui maior densidade energética que uma bateria tradicional, o que pode aumentar ainda mais sua autonomia.

Parceria para rede de abastecimento

Vale dizer que o projeto não é tocado apenas pela Sea Cheetah, mas sim fruto de uma parceria entre a empresa e a H3 Dynamics. A colaboração, além do desenvolvimento da embarcação, visa estabelecer uma rede de produção e distribuição de hidrogênio.

Possíveis desafios

Apesar das inovações técnicas e possibilidades energéticas que o projeto oferece, vale dizer que algumas questões são levantadas. Por se tratar de um navio, espera-se que ele seja atingido por ondas e agitações marítimas, o que pode vir a prejudicar sua estabilidade de voo.

Sua integração ao tráfego marítimo também é questionada, visto sua possível velocidade bem superior aos outros navios tradicionais. Deste modo, o novo navio voador elétrico necessitará ser equipado com sistemas de segurança específicos para se ajustar em meio aos outros transportes marítimos convencionais.

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