VW AAC e Touareg: receita da Tarok existiu há 20 anos (mas um pouco diferente)

O VW Touareg não chegou a ter um grande volume de vendas no Brasil, e foi descontinuado por aqui em 2019. Além de ser um “Porsche Cayenne da Volkswagen”, o modelo foi responsável por um experimento interessante da marca há 20 anos, que parece ter sido tirado da gaveta para construção da Tarok – mas de um jeito um pouco diferente.

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Afinal, a Volkswagen vai construir a tal VW Tarok – como é chamada até o momento e que não tem assinatura definida – a partir de um SUV, no caso o T-Cross. A reportagem da Mobiauto já contou todos os detalhes neste outro artigo. A relação de Touareg e ACC é parecida com essa, mas ocorreu o inverso.

 

A história começa no Salão de Detroit de 2000, quando a Volkswagen Advanced Activity Concept, ou ACC, foi apresentada ao público. Aí está a grande diferença para a relação de T-Cross e Tarok, já que ela foi apresentada antes do lançamento oficial do VW Touareg, que chegou aos mercados em 2002.

A VW ACC contava com tração integral, motor V10 turbodiesel de 313 cavalos e 76,5 kgfm de torque, suspensão Double Wishbone com três ajustes de posição e interior de luxo.

 

Apesar do conceito não ter virado realidade, sua luxuosidade e esportividade tomaram forma dois anos depois, quando o VW Touareg foi lançado. Seu design era virtualmente igual ao da picape e, inclusive, tinha sob o capô o mesmo conjunto motor V10 turbodiesel.

Embora o Touareg tenha tido vida a partir da ACC e não o contrário, tem um ponto importante nessa história: a estrutura usada para a construção a picape conceito. O protótipo da AAC  era do tipo monobloco, ou seja, tinha sua estrutura formada por peças unidas através de soldas. Para a Tarok a história é a mesma. Desde a apresentação de seu conceito no Salão do Automóvel de 2018 o modelo foi mostrado como um monobloco.

 

Quanto a outros aspectos, como a distância do solo de 390 mm que a AAC tinha, estes não devem ser herdados pela Tarok, já que a picape conceito tinha dimensões bem maiores que a rival da Fiat Toro terá por aqui.

Para efeito de comparação, a AAC contava com mais de 5,2 metros de comprimento e mais de 3,3 metros de entre-eixos, dimensões semelhantes às de uma Toyota Hilux. Enquanto isso, a Tarok tem a promessa de se colocar entre as caminhonetes intermediárias, com comprimento razoavelmente inferior.

 

O mesmo se repete para o motor. A VW AAC contava com o motor V10 de 313 cv do Tourareg, já a Tarok pode vir a receber o conjunto 1.5 TSI Evo2, em desenvolvimento no Brasil, que pode chegar a 150 cv e 25,5 kgfm.

Graças a VW ACC um SUV de sucesso da marca alemã surgiu ao mercado. A relação é quase a mesma que teremos no Brasil com a Tarok nascendo do T-Cross, mas um pouco diferente por ser o caminho inverso. Será que a nova picape terá sucesso como o SUV de 20 anos teve?

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