Toyota Yaris Cross X Honda WR-V: como serão os novos SUVs a chegar no Brasil

O mercado brasileiro de SUVs compactos vem recebendo uma enxurrada de modelos, sendo que até as marcas japonesas vão entrar de cabeça no segmento. Bons exemplos são os novos Toyota Yaris Cross e o Honda WR-V, dois modelos inéditos que não vão demorar para desembarcar no país e que apostarão, sobretudo, na motorização híbrida.

Com isso, tanto o Toyota Yaris Cross quanto o Honda WR-V vão atuar num segmento que atualmente têm concorrentes como VW T-Cross, Hyundai Creta, Chevrolet Tracker, Nissan Kicks, VW Nivus, Jeep Renegade, Fiat Fastback, Honda HR-V, Fiat Pulse, Caoa Chery Tiggo 5X, Renault Duster, Renault Kardian e Citroën C3 Aircross.

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Dentre todos esses utilitários, temos somente o Tiggo 5X com motor 1.5 turbo híbrido-leve, enquanto alguns SUVs da Stellantis também devem receber uma motorização híbrida num futuro não distante. Sem mais delongas, confira os detalhes dos novos Toyota Yaris Cross e Honda WR-V.

Toyota Yaris Cross

Produzido com base na plataforma DNGA, o novo Toyota Yaris Cross está à venda tanto no mercado do sudeste asiático quanto na América do Sul, onde já desembarcou no Chile. O novo SUV chegará como um dos mais importantes lançamentos da marca japonesa nos últimos anos, sendo o Yaris Cross o terceiro maior desde Corolla e Corolla Cross. Sua plataforma foi desenvolvida pela Daihatsu (fabricante de baixo custo da Toyota), sendo que a DNGA nada mais é do que uma versão simplificada da matriz TNGA, usada pelos primos da família Corolla.

Para quem ainda está em dúvida sobre as dimensões, aqui vão elas: o SUV terá 4.310 mm de comprimento (15 cm a menos do que o Corolla Cross), 2.620 mm de entre-eixos (2 cm menor), 1.770 mm de largura (5,5 cm mais estreito) e 1.615 mm de altura (menos 0,5 cm). Importante lembrar também que nosso Yaris Cross nada tem a ver com o homônimo vendido na Europa, que tem a base TNGA menor, mas não simplificada, do Yaris comercializado no velho continente.

Visualmente a novidade se parecerá bastante com o grande SUV híbrido Toyota Rav4, mas com um porte evidentemente menor, pois estamos falando de um SUV com comprimento pouco maior que um Hyundai Creta (4,31 m x 4,26 m). Os faróis trazem um desenho que remete ao irmão maior, assim como a traseira com lanternas horizontais – e não inteiriças, uma moda que vem se repetindo bastante na indústria.

Motores do Yaris Cross

Com produção marcada para ser iniciada já em dezembro deste ano, o novo Toyota Yaris Cross terá como principal apelo seu motor híbrido pleno tal qual o Corolla e Corolla Cross. Tudo indica que o SUV compacto será o primeiro em seu segmento com este tipo de motorização, que será formada por um motor 1.5 aspirado flex combinado a um propulsor elétrico. Tal conjunto deve entregar seus 113 cv de potência combinada, enquanto a transmissão será a transeixo e-CVT.

Fica a expectativa ainda para o consumo, pois outros mercados mundo afora o Yaris Cross é capaz de alcançar os 26 km/litro. É claro que, tanto pelo SUV ser vendido com motor flex no Brasil e pelo padrão do Inmetro, esse número de consumo deverá ser menos otimista, mas ainda assim espera-se que o consumo seja um dos chamarizes.  Para o mercado brasileiro podemos esperar uma oferta de versões semelhante ao do Corolla Cross, com quatro versões de acabamento e duas opções de motor. Cravar preços ainda é cedo, mas podemos esperar por valores entre R$ 120.000 (para ter a oferta de versão PCD) a R$ 175.000, lembrando que uma oferta de motor 1.5 flex a combustão deverá estar no catálogo também.

Honda WR-V

Outro grande lançamento esperado para terras brasilis é o novo Honda WR-V, que nada terá a ver com aquele antigo modelo que foi comercializado no Brasil entre 2017 e início de 2022. Chamado de Elevate em outros mercados, o novo Honda WR-V utiliza a mesma plataforma do sedan City e contará com porte de SUV compacto, bem diferente do antigo que contava praticamente com a mesma carroceria do saudoso Fit, só que com dianteira e traseira diferentes e suspensão elevada.

Assim, o novo Honda WR-V medirá seus 4.312 mm de comprimento (praticamente mesmo tamanho do futuro rival Yaris Cross), 1.790 mm de largura e 1.650 mm de altura. Já sua distância entre-eixos é praticamente igual ao do VW T-Cross, por exemplo, com 2.650 mm, dessa forma podemos um amplo espaço interno – algo que geralmente a marca japonesa costuma caprichar, bem como a solução de bancos Magic Seat.

Com desenho de linhas mais retas, o novo WR-V vai se afastar até que razoavelmente de outros produtos da marca à venda no país, como a própria família City e o irmão maior HR-V, que continuará sendo posicionado acima na gama da Honda. Os faróis são mais afilados e integrados à grade frontal, que terá um tamanho razoavelmente grande e bastante chapado – algo que deixará ele com uma robustez que o antigo nunca teve. O capô é bastante reto, mas combina com o visual restante da carroceria com linhas limpas. Na traseira, as lanternas são horizontais e invadem a tampa do porta-malas.

Motores Honda WR-V

Embora ainda não exista qualquer informação oficial, existe uma grande possibilidade do novo Honda WR-V ser o primeiro híbrido flex da marca japonesa no país. Isso porque recentemente a Honda anunciou um investimento de nada menos do que R$ 4 bilhões no Brasil, algo que deve ser destinado para o desenvolvimento da motorização híbrida que aceite também etanol.

Mas vale lembrar que o SUV compacto deve fazer sua estreia inicialmente com motorização a combustão, que deverá ser herdada dos irmãos City. Estamos falando do motor 1.5 aspirado flex, com transmissão automática CVT com simulação de sete marchas. Com injeção direta, esse motor entrega até 126 cavalos de potência e 15,8 kgfm de torque.

O mais esperado motor híbrido, que será baseado também em um motor 1.5 aspirado e é batizado de e:HEV pela Honda, deverá combinar o motor 1.5 aspirado a outras duas usinas elétricas, uma propulsora de fato e a outra geradora de energia elétrica. Caso você tenha achado isso peculiar, vale lembrar que tal sistema está presente hoje no Brasil pelo Honda Civic Accord e o Civic – que se baseiam numa motorização maior, 2.0 aspirada.

Neste propulsor é importante ressaltar que não há câmbio. Isso porque o propulsor elétrico é ligado diretamente no diferencial do veículo. Dessa forma, a preferência para acelerações e velocidades mais baixas é do trem de força elétrico, enquanto o motor a combustão 1.5 aspirado “aparece” somente em velocidades mais altas, como numa rodovia por exemplo.

Combinado, o novo Honda WR-V híbrido pode render aproximadamente 131 cv e 25,8 kgfm de torque. Porém, esses números citados são correspondentes ao Elevate, que roda na gasolina. No Brasil, o novo WR-V poderá ser mais potente com seu propulsor preparado para rodar com etanol, sendo um modelo híbrido flex.

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