Caoa Chery Tiggo 2: os principais problemas, segundo os donos

SUV que marcou o pontapé inicial da marca sino-brasileira tem relatos de defeitos em motor, câmbio automático e vidros
JC
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14.07.2021 às 14:13 • Atualizado em 12.11.2024
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SUV que marcou o pontapé inicial da marca sino-brasileira tem relatos de defeitos em motor, câmbio automático e vidros

Por Fernando Miragaya

É notória uma (ainda) má vontade de certa parte do mercado, do público e da imprensa com os carros chineses. Todo modelo de uma marca asiática é analisado sempre sob uma óptica mais desconfiada e severa. Só que a evolução de tais veículos também é notória. 

Porém, no caso do Caoa Chery Tiggo 2, existem defeitos recorrentes como em modelos de marcas “tradicionais”, conforme você já leu aqui na série os “principais problemas, segundo os donos”, da Mobiauto, com modelos como Fiat Argo, Jeep Renegade, VW Polo e até Honda Fit e City.

O SUV pequeno foi o primeiro carro lançado pela então recém-constituída Caoa Chery, depois que o grupo brasileiro adquiriu 50% de participação na operação chinesa no Brasil. A joint-venture aproveitou a plataforma do fracassado Celer e começou a produzir, em 2018, na fábrica de Jacareí (SP), este crossover altinho.

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Desde então, o modelo mantém o motor 1.5 16V aspirado flex de 110/115 cv e 13,8/14,9 kgfm (gasolina/etanol). Hoje, é vendido em quatro versões, por preços entre R$ 78.590 e R$ 92.190 e opções de câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro velocidades. 

Recentemente, a mesma base do modelo deu origem ao Tiggo 3X, uma espécie de Tiggo 2 remodelado e mais aventureiro. No lugar do 1.5, entra no cofre um propulsor 1.0 turboflex com bloco de ferro e injeção indireta multiponto, de 98/102 cv e 16,8/17,1 kgfm. Veja em nossa avaliação como o Tiggo 3X anda e se é um rival à altura do VW Nivus.

Desde seu lançamento, o Tiggo 2 apresenta alguns defeitos frequentes. As queixas mais comuns dos consumidores do modelo recorrem principalmente a falhas no motor e no câmbio, e à demora e falta de peças na rede de concessionárias.

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Falha no motor

Proprietários de modelos Tiggo 2 dos primeiros anos de produção (2018 e 2019) costumam apontar problemas no funcionamento do motor 1.5 flex da Acteco. Os relatos vão desde que o propulsor morre a cada parada no semáforo ou que deixa de funcionar subitamente no meio de uma viagem.

Em um dos casos, o motor do SUV foi aberto com apenas 20 mil km rodados. Também aparecem queixas de que o conjunto mecânico faz barulhos pouco comuns. A maioria das ocorrências no Reclame Aqui foi respondida pela Caoa Chery ou está em análise.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3 e Caso 4

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Demora e falta de peças

Essa é uma queixa comum não só dos donos de Tiggo 2, como de outros modelos da marca sino-brasileira. No caso do SUV compacto, peças mecânicas triviais, como bobina de ignição, segundo os depoimentos, demoram mais de sete dias úteis para chegar. 

Partes da carroceria, contudo, parecem demorar ainda mais. Há o caso de um proprietário do Tiggo 2 que reclama de espera de dois meses por uma porta. Os problemas, em sua grande parte, ainda estão em fase de análise pela marca.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4, Caso 5 e Caso 6

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Vidros soltos

Um problema inusitado parece acometer os Tiggo 2 produzidos entre 2018 e 2020. Os vidros dianteiros sugerem folgas e fazem barulhos. Em algumas situações, apresentam problemas de fixação ou sincronia e sobem de forma irregular (tortos). Há casos até de janelas que se soltam.

O veterinário Rômulo Villela, de 37 anos e morador do Rio de Janeiro, enfrentou exatamente esse problema com seu Tiggo 2 2018/19. “Com menos de 1.000 quilômetros rodados, o carro começou a apresentar barulho de folgas nos vidros dianteiros em ruas esburacadas ou de paralelepípedo”, recorda.

A boa notícia é que o defeito no veículo de Villela foi resolvido, segundo ele. “A concessionária avaliou e corrigiu. Fui super bem atendido”, diz o veterinário. Já os relatos no Reclame Aqui anta estão na fase de “Respondidas”.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3 e Caso 4

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Câmbio automático

Os exemplares de Tiggo 2 dotados de câmbio automático costumam dar dor de cabeça a alguns donos. As principais reclamações dizem respeito a falhas no funcionamento e dificuldade em engatar “D” (Drive) ou “R” (ré). Isso em modelos com pouco tempo de uso e dentro da garantia.

Entre as descrições, proprietários afirmam que o carro ficou na concessionária por mais de um mês e o problema persistiu. Alguns casos foram solucionados, outros respondidos pela Caoa Chery, mas muitos estão pendentes.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3 e Caso 4

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Recalls

O Tiggo 2 já passou por dois chamados desde o seu lançamento, há três anos. O primeiro ocorreu no fim de 2018, para verificação e troca do chicote elétrico da central eletrônica dos modelos produzidos entre 2017 e 2018. 

A segunda convocação acabou de ser feita, em junho deste ano, para inspeção do conector do chicote do motor em veículos feitos entre maio e agosto de 2019. É justamente essa a falha que provoca o desligamento súbito do motor reportado neste artigo.

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