Ford Capri revive Autolatina com plataforma de elétricos da VW
O lançamento oficial do novo Ford Capri chama atenção por aliar um nome clássico a uma renovação completa do modelo, mas isso não é tudo. Isso porque assim como o novo SUV cupê elétrico traz uma reinterpretação do antigo Capri, ele também traz uma da tradicional Autolatina, ou quase isso.
Para aqueles que não sabem (ou não lembram), a Autolatina foi uma joint venture formada por Ford e Volkswagen que atuou no Brasil e Argentina até o ano de 1996. A parceria tinha como objetivo a redução de custos para as duas marcas a partir do compartilhamento de tecnologias e processos de fabricação. Mas o que o Ford Capri tem com isso?
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O novo lançamento dos norte-americanos é baseado em outro SUV da marca, o Ford Explorer. Deste modo, ambos são construídos sob a mesma arquitetura, a MEB. Contudo, a plataforma em questão não é desenvolvida pela Ford, mas sim pela Volkswagen, e até integra os VW ID.4 e ID.5.
O Capri é um produto direcionado aos mercados europeus (e não aos latinos). Porém, pode-se dizer que ele ao menos reviveu o espírito de compartilhamento de tecnologias entre Ford e VW da Autolatina.
Essa não é a primeira vez que isso acontece, uma vez que já ocorreu com o já mencionado Ford Explorer, mas não só com ele. Amarok e Ranger já compartilham alguns componentes e o Ford Transit Connect também é construído sob uma plataforma dos alemães.
Como é o novo Ford Capri?
Sobre o novo Ford Capri em si, como já comentado ele é SUV cupê elétrico esportivo inspirado no clássico Capri europeu. O lançamento traz alguns elementos que remetem ao seu antecessor, principalmente no design.
O formato do conjunto óptico composto por LEDs, o caimento traseiro bem acentuado e as janelas passageiras de em oval são alguns dos elementos que evocam o modelo clássico.
O interior é bem inspirado no Explorer, com painel digital de 14,6 polegadas e uma central multimídia touchscreen. Existem poucos botões físicos no painel e ainda não se sabe ao certo como será seu acabamento interno.
Existem duas opções de conjuntos motores elétricos. O mais básico é composto por um propulsor elétrico de tração traseira com 286 cv de potência. A usina é alimentada por uma bateria de 77 kWh, a qual permite uma autonomia de 627 km no ciclo WLTP.
Já a opção de topo entrega uma potência de 340 cv, a qual é produzida por dois motores elétricos de tração integral, alimentados por uma bateria de 79 kWh. A autonomia declarada é de 592 km.
Como equipamentos de série, destacam-se no novo Ford Capri: ar-condicionado de duas zonas, assentos dianteiros com massageador, sistema de entrada e partida sem chave e carregamento de telefone sem fio.