Ford Maverick virá ao Brasil com 250 cv para tirar sossego da Toro
A Ford confirmou nesta segunda-feira (30) a chegada da Maverick ao Brasil. Carregando o nome do saudoso muscle car vendido no Brasil na década de 1970, a picape compacta-média com porte de Fiat Toro estreia por aqui em 2022.
Segundo a montadora, a Maverick vai trazer “características exclusivas para o segmento”. A fabricante não informou ainda quais são essas características, mas a ideia é que ela seja mais versátil que a Ranger, que tem porte médio, por causa do tamanho menor e da estrutura monobloco, e também mais tecnológica.
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A plataforma usada como base para a construção da novata é a C2 do Bronco Sport, SUV que já foi lançado no Brasil e testado pela Mobiauto. Do utilitário esportivo ainda deve ser usada a metade dianteira da cabine, sendo que os itens exclusivos virão da coluna B para trás.
O visual é inspirado na grandalhona F-150, com a grade frontal invadindo a área dos conjuntos ópticos e carregando as luzes indicativas de direção, o acabamento da caixa de rodas e dos pára-lamas mais frisados, e os retrovisores com pintura bicolor.
Na porta da caçamba, que tem abertura convencional de cima para baixo e não lateralmente e bipartida, como na própria Toro, ainda haverá uma assinatura em baixo relevo com o nome “Maverick”.
A picape é fabricada no México e já foi apresentada nos Estados Unidos com três versões: XL, XLT e Lariat. Para o Brasil, ainda não há informações sobre quais delas serão trazidas, mas a Mobiauto aposta que a Ford trará apenas uma versão, como fez com o Bronco, e que esta deve ser a topo de linha.
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Plataforma e motor do Bronco Sport
A motorização da Maverick ainda é um mistério. Nos Estados Unidos, a versão de topo conta com duas opções de motores: 2.5 híbrido e 2.0 turbo a gasolina (EcoBoost), mesmo do Bronco Sport. Este último é o mais cotado para o Brasil. Na picape, rende 248 cv e 38 kgfm, gerenciado pela caixa automática de oito marchas.
A plataforma C2 ainda permite a aplicação de tração 4x4 integral, o que a Maverick certamente terá no pacote FX4, candidato a compor a lista de itens de série do utilitário vendido em nosso mercado.
O ponto negativo é que, no configurador da marca nos EUA, a Ford declara que a capacidade de carga da Maverick é de 1.500 libras, o equivalente a 680 kg. São apenas 30 kg a mais do que leva a Fiat Strada, que é compacta, e a própria Toro na configuração turboflex, mas distante da 1 tonelada da rival movida a diesel.
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Todas querem brigar com a Toro
A Maverick será, na prática, a primeira ou uma das primeiras rivais mais diretas da Toro no mercado nacional, o que significa que a vida mansa da picape da Stellantis pode estar com os dias contados.
Também para o ano que vem, a Chevrolet já confirmou o lançamento da terceira geração da Montana, construída a partir da plataforma do novo Tracker e com produção em São Caetano do Sul (SP). Ela crescerá de tamanho justamente para deixar de ser rival da Strada e passar a concorrer com a Toro.
Outras duas, ainda não confirmadas, são a Hyundai Santa Cruz, caso a Caoa decida trazê-la importada ou montá-la em Anápolis (GO), e a versão de produção da VW Tarok, com fabricação no Brasil ou na Argentina. Esta última, porém, só deve ganhar vida entre 2024 e 25.
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Formado em mecânica pelo Senai e jornalismo pela Metodista, está no setor há 5 anos. Tem passagens por Quatro Rodas e Autoesporte, e já conquistou três prêmios SAE Brasil de Jornalismo. Na garagem, um Gol 1993 é seu xodó.