Novo Jeep Compass: o que SUV tem a mais nos EUA que no Brasil
A Jeep apresentou o facelift do Compass 2022 nos Estados Unidos na última semana, cerca de três meses depois da renovação do SUV ser lançada no Brasil.
O atraso em relação ao nosso pode nos fazer pensar que estamos em vantagem, certo? Mas, essa teoria nem sempre é uma verdade absoluta.
A Mobiauto já comprovou isso ao comparar os Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos dos dois países. Saímos perdendo, mesmo recebendo o Toyota primeiro que os americanos, e tendo o VW com lançamento praticamente simultâneo.
Para saber se, de fato, o nosso Compass é melhor, repetimos a receita e comparamos as diferenças do SUV nacional e do americano. Veja se realmente a “grama do vizinho” é mais verde que a nossa:
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Visual externo e interno: visualmente, o Compass americano recebeu os mesmos retoques do brasileiro. Os faróis são mais afilados que o anterior, mantendo o desenho de perfil e do balanço traseiro, e concentrando as mudanças no interior, com o painel em cascata e a central multimídia flutuante.
Até aí, estamos empatados. Entretanto, o nosso SUV leva a melhor por oferecer as maçanetas externas na cor da carroceria de série, o que não acontece com o estadunidense.
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Além disso, o Compass vendido lá não tem faróis de neblina e rodas de liga leve de 17 polegadas desde a versão mais básica, itens que são encontrados só nas intermediárias.
Motorização: mais um ponto para o Brasil! Nos Estados Unidos, o Jeep é vendido apenas com o motor Tigershark 2.4 de 179 cv e 23,7 kgfm de torque, que já equipou a picape Fiat Toro no Brasil.
Por lá, o trem de força é gerenciado pela transmissão automática de seis marchas com tração convencional. Na opção com tração 4x4, o SUV usa a caixa de nove marchas (que custa US$ 1.500 ou quase R$ 8 mil a mais).
A vantagem dos americanos é que todas as versões podem ser 4x4, mas, mesmo assim, o conjunto mecânico do brasileiro leva a melhor. A nova usina 1.3 turboflex de 180/185 cv e 27,5 kgfm é mais moderna e entrega mais potência e torque, além da praticidade de ser flexível.
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Enquanto isso, o Tigershark 2.4, que é abastecido só com gasolina, tem baixa eficiência e alto consumo de combustível.
Outro ponto é que, por aqui, temos as versões turbodiesel empurradas pelo motor 2.0 Multijet de 170 cv e 35,7 kgfm, que não estão disponíveis no mercado americano. Nem mesmo a configuração Trailhawk conta com o propulsor mais parrudo, indicando que o nosso Compass pode ter uma pegada mais off-road.
Tecnologias: nesse aspecto, o Jeep vendido nos EUA leva a melhor. A fabricante disponibiliza de série um pacote de assistências ao motorista com alerta de colisão frontal com frenagem ativa, monitoramento de ponto cego, alerta de tráfego cruzado traseiro, alerta de invasão de faixa e câmera de ré com guias ativas.
Tais itens podem ser vistos só nas versões de topo no Brasil, ou no pacote de opcionais disponível para as intermediárias. Em vantagem, o brasileiro tem o leitor de placas, mas o item fica disponível só nas configurações mais caras.
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Preço: se o nosso Compass leva a melhor no visual e na motorização, as tecnologias e o preço vêm para empatar a disputa.
Nos Estados Unidos, as etiquetas do SUV estão entre US$ 25 mil e US$ 31,4 mil (em torno de R$ 130 mil e R$ 165 mil), enquanto, aqui, os brasileiros têm a desvantagem de encontrar o veículo com preços entre R$ 144 mil e R$ 222 mil.
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Gerente de conteúdo
Formado em mecânica pelo Senai e jornalismo pela Metodista, está no setor há 5 anos. Tem passagens por Quatro Rodas e Autoesporte, e já conquistou três prêmios SAE Brasil de Jornalismo. Na garagem, um Gol 1993 é seu xodó.