O inacreditável motorhome que é metade caminhão, metade avião
O mundo está repleto de entusiastas automotivos e a criatividade muitas vezes passa dos limites. A Mobiauto já falou sobre o VW Brasília Mad Max, o Ford Corcel vestido de Relâmpago Marquinhos e outros projetos (bem) diferentes, mas nenhum deles chega aos pés deste motorhome.
Ver um caminhão com carcaça de avião até parece um protótipo de filme de ficção sobre o fim do mundo, como o Mad Max, mas ele existe e roda de verdade. Segundo o idealizador do projeto, Gino Lucci, um militar aposentado da Força Aérea dos Estados Unidos, a engenhoca era seu sonho de infância.
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Tudo começou quando seus filhos encontraram a fuselagem de um avião militar Douglas R4D abandonada na cidade de Rolla, no estado americano de Missouri. Mesmo esquecida, a estrutura do avião ainda estava íntegra e Lucci a comprou e deu início às adaptações para fundir a nova “cabine” ao chassi.
O encaixe foi feito na base do “olhômetro”. O ex-militar até fez algumas medições com seus filhos para recortar o avião na medida exata e encaixá-lo na base do caminhão, que é um International DuraStar 4400, mas os ajustes finais foram feitos após vários “colocar e tirar” da fuselagem no chassi.
O motorhome tamanho GG tem 11,6 metros de comprimento e 3,81 metros de altura, o que garante espaço para toda a família. Só não espere facilidade para dirigir um trambolhão, que mede mais de três Renault Kwid e quase duas Ram 2500 de comprimento.
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Tanto que se fosse 1,2 cm mais largo, não teria autorização para rodar nas estradas dos Estados Unidos, segundo o proprietário. Falando das laterais, o veículo ganhou retrovisores externos característicos de picapes Ford dos anos 1970 - que não devem ajudar muito a livrar os pontos cegos, como podemos ver nas imagens.
Além disso, manteve as saídas de emergência laterais do avião com portas que têm escada integrada. Elas basculam na vertical e facilitam o acesso ao interior do motorhome, conforme visto em jatos mais modernos.
Por dentro, o visual lembra o de jatos executivos, por causa do formato circular da estrutura, mas o interior com camas, cozinha, sala e banheiro conversam mais com o estilo motorhome.
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A cabine para o motorista é o principal diferencial, já que manteve os inúmeros botões de comando no teto. No entanto, recebeu volante e cluster “normais” para informar velocidade, temperatura e a quantidade de combustível no tanque.
Para mover tudo isso, o bom e velho motor do Internacional foi mantido, um Navistar DT 466 de 7,6 litros, que rende entre 210 cv e 300 cv. Parece pouca potência para as quase 8 toneladas que ele precisa mover, mas o propulsor, que é gerenciado por uma caixa automática, consegue levar ao caminhão/avião a até incríveis 137 km/h.
No total, o militar investiu 20.000 dólares (cerca de R$ 110 mil na conversão direta) para finalizar a adaptação, que contou ainda com o reaproveitamento da fuselagem para a formação do pára-lamas dianteiro e dos tanques de combustível, na traseira.
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Gerente de conteúdo
Formado em mecânica pelo Senai e jornalismo pela Metodista, está no setor há 5 anos. Tem passagens por Quatro Rodas e Autoesporte, e já conquistou três prêmios SAE Brasil de Jornalismo. Na garagem, um Gol 1993 é seu xodó.