Primeiro Jipe Commander tinha base de Fusca e podia ser montado em casa

Buggy com porte de Renault Kwid, carroceria em fibra de vidro e mecânica Volkswagen já carregava o nome do SUV da Jeep há 36 anos
Renan Bandeira
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21.09.2021 às 15:07 • Atualizado em 29.05.2024
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Buggy com porte de Renault Kwid, carroceria em fibra de vidro e mecânica Volkswagen já carregava o nome do SUV da Jeep há 36 anos

A Stellantis apresentou o Jeep Commander no último mês. O modelo chegou como o maior SUV nacional produzido pela marca e um dos principais lançamentos do ano no setor automotivo. No entanto, essa não é a primeira vez que temos um “jipe Commander” produzido no Brasil, e a Mobiauto pode provar.

Ainda na década de 1980, quando o mercado estava fechado para importações, novas fabricantes nacionais e concessionárias surgiram com a missão de construir novos veículos. Uma delas era a Boxer Desenvolvimento de Veículos, instalada no bairro do Ipiranga, em São Paulo (SP).

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A empresa construiu o primeiro jipe Commander do Brasil em 1985, que na verdade não passava de um buggy. O projeto era formado por uma carroceria de plástico reforçada em fibra de vidro e com barras tubulares de aço, solução que era chamada pela fabricante de carroceria monobloco.

Buggy com porte de Renault Kwid, carroceria em fibra de vidro e mecânica Volkswagen já carregava o nome do SUV da Jeep há 36 anos

O conjunto podia ser instalado sobre os chassis dos VW 1300, 1500 e 1600 - ou seja, de Fusca, Variant, Brasília, entre outros VW -, sem qualquer recorte ou adaptação. Além da base estrutural, o buguinho ainda contava com motor, câmbio, freios e suspensões originais da fabricante alemã. 

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Ele podia ser comprado em dois pacotes diferentes: um era o kit com a carroceria para o comprador montar o seu Commander em casa, com um valor médio de Cr$ 27.500; o outro era o buggy completo, com a cabine, chassi e mecânica VW instalada e revisada, por um preço médio de Cr$ 65.000.

Além da carroceria da Boxer e da mecânica Volkswagen, o kit do primeiro jipe Commander oferecia novos pára-brisas, pára-choques, capota de lona e bancos com acabamento em courvin (couro sintético).

O visual era inspirado em jipes militares e a carroceria, pintada nas cores marrom e verde. Já as dimensões do Commander eram próximas às de um Renault Kwid, com 3.530 mm de comprimento, 1.650 mm de altura e 1.680 mm de largura. A carroceria (sem contar a plataforma) pesava apenas 120 kg.

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O “jipe” chegou a ter até uma versão infantil, em escala reduzida, que era equipada com motor de motocicleta. Porém, a vida do jipe Commander foi curta e durou apenas dois anos. 

Em 1987, o projeto evoluiu e ganhou portas e um novo santantônio em fibra de vidro. Naquele momento, ele já era fabricado pela Coperglass, em Guarulhos (SP), e abandonava a alcunha Commander para se chamar Savage.

Imagens: Reprodução / Lexicar Brasil e Quatro Rodas

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