Salão do automóvel de Paris mostra força da indústria, mas não empolga
A exposição bienal na capital francesa completou 90 anos e segue até o próximo dia 20. Sem a exuberância do passado atrai pouco mais de 30 fabricantes, inclusive nove chinesas. O salão bienal agora é o maior da Europa pelo fim da exposição em Genebra e encolhimento de Frankfurt, substituído por Munique.
Você pode se interessar por:
- Por que o Chevrolet Equinox elétrico chegou tão caro?
- De volta às origens? Salão do Automóvel é confirmado para 2025
- Anfavea projeta 90% do mercado para híbridos em 15 anos
- Renault Niagara, futura rival da Toro, tem produção confirmada na Argentina
Predominância natural de marcas francesas com a Renault apresentando novidades de peso: o 4 E-Tech, releitura elétrica em forma de crossover de um de seus sucessos do passado, além de dois protótipos elétricos Twingo E-Tech previsto para 2026 e Emblème, um SUV cupê para 2030 que trocará bateria por pilha a hidrogênio.
Stellantis, embora talvez encerre algumas de suas 14 marcas em 2026/27, mostra muita força em Paris. Peugeot concentra-se em estender o alcance de seus elétricos 3008 e 5008 para teóricos 700 km e apresentou o e-408 cujo alcance é de 450 km. Citroën C5 Aircross só chega em 2026, contudo se apresenta sem disfarces com motor de combustão interna.
Entre as alemãs, Mercedes-Benz abriu mão de Paris e deixa o protagonismo para BMW e Audi. BMW exibe os primeiros dois modelos de elétricos com carrocerias específicas e batizados de Nova Classe. Seu presidente Oliver Zipse declarou à agência Reuters a necessidade de correção da meta de 100% de elétricos para 2035, importante para redução de CO2, porém permitiria que fabricantes europeus dependessem menos da China para as baterias. A marca aposta em híbridos plugáveis e no hidrogênio tanto para motores convencionais quanto tração 100% elétrica.
Audi exibe seu novo carro-chefe elétrico, Q6 E-tron Sportback. VW, Skoda e Audi estão representadas por importadores franceses, sem presença oficial do grupo alemão. Alvo de críticas, Tesla tem um estande desorganizado e nem ao menos um tapete para separar os modelos.
Destaque das chinesas é o sedã BYD Sealion 7, SUV cupê elétrico que visa Tesla Model Y entre outros concorrentes.
Este texto contém análises e opiniões pessoais do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Mobiauto.
Especialista Automotivo