Seis coisas que você não deve fazer com o carro em uma enchente

Encontrou uma zona de alagamento à frente? Não entre em pânico.
Camila Torres
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15.03.2021 às 19:16 • Atualizado em 29.05.2024
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 Encontrou uma zona de alagamento à frente? Não entre em pânico.

São as águas de março fechando o verão, já dizia Tom Jobim em sua canção. Em períodos propensos a enchentes, os prejudicados vão desde moradores a donos de comércio, que têm suas casas ou estabelecimentos alagados. 

Quando se trata de um imóvel, não há tantas alternativas para evitar ser atingido. Agora, se for um automóvel, há mais possibilidade de fugir ou pelo menos minimizar o prejuízo.

Março é um dos meses mais chuvosos em São Paulo, juntamente com dezembro, janeiro e fevereiro. E São Paulo é uma das cidades que mais sofrem com enchentes e alagamentos, por falta de estrutura para suportar o volume de chuva. 

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Isso faz com que, todos os anos, centenas de donos de veículos tenham prejuízos por conta de enchentes, que podem ir desde uma higienização de R$ 500 para recuperar a cabine até um valor maior que o do próprio carro para recuperar um motor com calço hidráulico.

Desviar a rota ou acompanhar quais as regiões mais propensas a enchentes no dia não são alternativas aderidas por grande parte dos condutores. Pensando no motorista que se depara com um alagamento à frente e não sabe o que fazer para que ele e o carro saiam ilesos, separamos algumas orientações que podem ajudar em uma situação como essa. 

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Seis dicas do que não fazer com o carro em uma enchente

Se manobrar o carro e dar meia volta ou pegar o próximo retorno não for uma opção, evite praticar essas seis ações. 

1º Não observar: se a água estiver abaixo da metade da roda, ainda é possível arriscar e atravessar, mas ainda são necessários alguns cuidados para não danificar o carro. Não observar outros veículos passarem para ver como se comportam é um erro. O contrário tornará mais fácil notar alguma irregularidade na via. 

Encontrou uma zona de alagamento à frente? Não entre em pânico.

2º Não ir devagar: em uma enchente, muitos motoristas ativam o modo “lancha”, quando deveriam navegar pela via alagada como um “veleiro”. Se o asfalto está coberto pela água, é muito difícil perceber se tem algum buraco ou obstáculo, por isso é preciso ir devagar e ficar atento para ser possível recuar se necessário for. 

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Além disso, entrar em um terreno alagado com velocidade pode formar uma onda sobre o seu carro ou os que estão trafegando atrás e ao lado, aumentando o risco de entrar água pelo escapamento. O resultado disso será desastroso. 

3º Não esperar para dar partida: o carro morreu dentro d’água e, ao invés de esperar a água baixar, o motorista deu partida assim mesmo. Pronto, o ciclo de azar foi concluído, pois essa decisão faz com que o motor aspire água e isso pode causar um calço hidráulico. Nesse caso, é só esperar a nota do conserto chegar e torcer para conseguir pagar se não tiver seguro. 

4º Não seguir as regras e perder o seguro: como dito acima, em casos de enchente, esperar é sempre uma boa opção. Até porque enfrentar um alagamento pode resultar na perda de cobertura do seguro. Até os planos de seguro mais básicos oferecem cobertura para desastres naturais, mas é preciso seguir regras. 

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O motorista não pode agravar a situação: se o carro está estacionado em um recinto ou na rua e esta for alagada, o seguro arcará com o prejuízo. Por outro lado, se o motorista decide passar pela enchente sem medir os riscos e isso aumentar os danos ao carro, o resultado do laudo pode isentar a seguradora de oferecer a cobertura. 

Outro ponto: se o segurado informar no contrato que o carro sempre fica em estacionamento e no dia do alagamento o carro for atingido por estar estacionado na rua, também pode gerar a perda do seguro. 

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5º Não saber a hora de ficar parado ou de sair: diante de uma catástrofe natural, preservar sua vida é a primeira coisa que se deve fazer. Ao se deparar com um terreno alagado à frente, se não tiver como retornar, apenas fique o mais longe possível do alagamento e espere dentro do carro. 

Se já estiver em meio à enchente, olhe em volta em busca de algum estabelecimento ou abrigo seguro, estacione o carro no ponto mais alto que puder, vá para o abrigo e fique lá até a água baixar.

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6º Dar a partida no meio ou logo após um alagamento: Se o carro ficar parcialmente submerso a um alto nível de água, antes de dar partida no carro é aconselhável chamar um mecânico para verificar se houve entrada de água em algum sistema como o de admissão ou escape. 

Ao tentar dar partida e arrancar com o carro numa situação como esta, a água acumulada pode entrar nos cilindros do motor e forçar o curso dos pistões, o que resultará na deformação de componentes. E acredite: o valor do conserto não compensa o risco. 

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