5 sedans da Chevrolet que antecederam o Cruze e deixaram saudades

De Opala ao Astra, relembre os modelos da marca que marcaram época
Diego Dias
Por
17.08.2024 às 13:42
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De Opala ao Astra, relembre os modelos da marca que marcaram época

Nesta semana tivemos a confirmação de que o Chevrolet Cruze saiu de linha definitivamente no Brasil. Embora sua produção na Argentina tenha sido encerrada no final de 2023, o sedan foi retirado do configurador da marca somente agora. Com o fim do Cruze, a Chevrolet deixa de ter um representante no tradicional segmento de sedans médios.

O adeus do Chevrolet Cruze marca o fim da presença da fabricante num tradicional segmento que já foi referência por muitos anos no mercado brasileiro, mas que acabou perdendo espaço com o passar dos anos, principalmente para os rivais japoneses como o Honda Civic e, principalmente, o Toyota Corolla.

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Mas vale lembrar que seja sedan médio ou grande, a Chevrolet tem uma história de respeito no Brasil quando o assunto é carro de três volumes. Com isso, vamos relembrar 5 sedans da Chevrolet que antecederam o Cruze de alguma forma e marcaram época.

Opala

Primeiro veículo de passeio produzido pela General Motors (GM) no Brasil, o Chevrolet Opala sem dúvidas tem uma grande história no mercado nacional, despertando memórias em muitos e sendo cultuado até hoje. Interessante que o Opala foi desenvolvido no Brasil, apesar de seu desenho ser baseado nas formas do Opel Rekord, enquanto o motor tem origem norte-americana (no Impala).

Teve diversas fases no mercado brasileiro e durou mais de duas décadas, sendo produzido entre 1968 e 1992. É verdade que também teve carroceria cupê, à exemplo das famosas versões SS com motor seis cilindros, mas as configurações com carroceria sedan também marcaram época.

Podemos destacar o Opala Gran Luxo em sua primeira fase, Comodoro logo depois e, por último, o famoso Diplomata, quando passou por uma mudança visual mais pesada com linhas mais quadradas. Em sua despedida, em 1992, teve a variante Opala Diplomata com motor seis cilindros em linha 4.1 com 141 cv e 32,8 kgfm de torque.

Monza

Outro sedan que é muito lembrado no mercado nacional é o Chevrolet Monza, que fez sua estreia no Brasil em 1982. Sua estreia foi como um modelo de duas portas, passando assim a ser um sedan de fato (com quatro portas) pouco tempo depois do lançamento.

Vale dizer ainda que o Monza teve o marco de ser o carro mais vendido do Brasil por três anos consecutivos (1984, 1985 e 1986), um feito para um carro que não era de entrada. Sua produção foi de 1982 a 1996, começando como um modelo que atendia a classe média da época e finalizando sua história como um modelo menos equipado e com menor prestígio, já que no início da década de 1990 as importações foram abertas e o modelo começou a ficar defasado.

Omega

Vendido por apenas seis anos no Brasil, o Chevrolet Omega foi um dos carros mais equipados e rápidos já produzido em solo nacional. Lançado em 1992, ele ocupou o topo da gama da Chevrolet no país, sendo o modelo mais caro da empresa por bons longos anos no mercado – e um dos maiores com seus longos 4,73 metros de comprimento.

O Chevrolet Omega foi o sucessor direto do icônico, mas já defasado Opala, herdando apenas o motor seis cilindros 4.1 a partir de 1995, quando substitui o moderno 3.0 (também seis cilindros) de 165 cv e 23,4 kgfm de torque, que deixou de ser oferecido por parar de ser fabricado na Alemanha. O famoso motor 4.1 trazido do Opala era mais forte no Omega, com 168 cv e 29,1 kgfm de torque, mas não era tão moderno quanto o antigo 3.0.

Seu fim da linha veio em 1998, quando foi substituído pelo Omega australiano, que era basicamente um Holden Commodore com o logo da Chevrolet.

Vectra B

O Chevrolet Vectra é outro carro da lista que marcou época, mas apesar de ter desembarcado no Brasil em 1993 em sua primeira geração por aqui (Vectra A), foi a segunda geração que fez sucesso: o Chevrolet Vectra B. Com linhas arredondadas e visual mais moderno, o novo Vectra era lançado em 1996 e até hoje é muito lembrado pelo seu desenho harmônico que envelheceu bem com o passar dos anos, tanto que o facelift em 2001 modificou pouco suas linhas.

É importante lembrar que o Vectra acaba por substituir o Monza na segunda metade de década de 1990, quando o antigo sedan saía de linha. Assim o Vectra ficava posicionado abaixo do Omega e contava com oferta de motores 2.0 de 8 ou 16 válvulas, que variavam de 121 a 141 cv de potência, dependendo da versão. Em 2000 o Vectra B continuava sua caminhada no Brasil com um leve facelift com direito a faróis de lente lisa e novos para-choques, mas deu adeus em 2004, quando cedeu seu lugar ao novo “Vectra” em 2005, que basicamente era o Astra C europeu com carroceria sedan.

Astra B

Por fim ele, o Chevrolet Astra de segunda geração – designado na Europa como Astra B. É verdade que o modelo desembarcou no Brasil em 1994 importado da Bélgica, mas foi a partir de 1998 que sua produção começou na fábrica da GM em São Caetano do Sul (SP). O modelo conviveu com o Vectra no mercado nacional e, além da versão sedan, contava com uma configuração nothback de apelo mais esportivo.

Foi comercializado por 13 anos no mercado brasileiro, passando por apenas uma reestilização nesse tempo – mais precisamente em 2003, quando assumiu linhas mais quadradas e vinco mais demarcados. Vale dizer ainda que a versão sedan era o queridinho dos taxistas. Na sua primeira fase trazia motores 1.8 8v, 2.0 8v e 2.0 16v, com destaque para o último que rendia seus 128 cv e 19,2 kgfm de torque. Em sua despedida, em 2011, contava com o motor 2.0 flex que chegava aos 140 cv de potência.

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