Chefão da Ford revela que não quer parar de dirigir seu carro da Xiaomi
Você pode não gostar, mas os elétricos chineses têm se tornado referência no mercado e isso parece se tornar claro até mesmo para alguns executivos das marcas mais tradicionais. Isso porque o atual chefão da Ford revelou recentemente que dirige há seis meses um carro da Xiaomi e disse que não quer parar.
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Jim Farley, atual CEO da Ford, concedeu uma entrevista à publicação Everything Electric Show e falou um pouco sobre a experiência que teve com a Xiaomi em sua última ida à China. O chefão revelou que vem dirigindo o Xiaomi SU7, o sedan elétrico lançado este ano como primeiro produto da fabricante chinesa.
Após confessar que tem usado o elétrico chinês, Farley ainda completou que “não quer desistir dele”. Em suas palavras: "Não gosto muito de falar sobre a concorrência, mas dirijo um Xiaomi. Trouxemos um de Xangai para Chicago e estou dirigindo há seis meses, e não quero desistir dele”.
Para completar, Farley ainda elogiou o desempenho mercadológico que a Xiaomi tem conseguido. Para ele, a montadora “é um rolo compressor da indústria e uma marca de consumo muito mais forte do que [a maioria] das empresas de automóveis".
O CEO da Ford ressaltou: “Eles vendem 10.000, 20.000 por mês. Eles ficam esgotados por seis meses”, o que segundo ele “É fantástico”.
Apesar de ter confessado que dirige o SU7, Farley não detalhou qual versão do modelo que ele trouxe da China. O sedan elétrico é vendido em três versões em seu mercado natal com os seguintes nomes: SU7, SU7 Pro e SU7 Max bimotor.
A configuração de ponta, vale mencionar, a SU7 Max bimotor, conta com 663 cavalos de potência e autonomia elétrica de 800 km (no ciclo CLTC), além de tração integral. Graças ao seu rendimento, o carro é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos.
Xiaomi SU7, tudo perfeito?
O sucesso de vendas do SU7 mencionado por Farley é de fato verdadeiro. A empresa revelou que nas primeiras 24 horas do lançamento do produto, o modelo já havia recebido quase 90 mil pedidos.
Apesar dos milhares de pedidos soarem bem, eles resultaram em problemas para a marca. Isso porque no início de abril, quando o carro já havia acumulado mais de 100 mil pedidos, cerca de 60 mil destes, ou quase 55%, foram cancelados.
Os cancelamentos vieram em decorrência da capacidade produtiva da empresa, ou a falta dela. Na época, muitos dos interessados pelo modelo teriam de enfrentar um tempo de espera de mais de 30 semanas, o que pode ter contribuído bastante para o número de cancelamentos.
Além disso, especialistas já apontam que a fabricante perde cerca de US$ 9.200 (cerca de R$ 52.300 na conversão direta) para cada uma das unidades vendidas do carro. Apesar do prejuízo, a Xiaomi já prepara outro lançamento, um novo SUV elétrico que lembra bastante uma Ferrari Purosangue.