Chevy C2: este foi o Chevrolet Corsa vendido no México que você não conhecia
Quando estreou no Brasil em 1994, o Chevrolet Corsa marcou época e foi sucesso de vendas por trazer um design moderno para uma década que até então ainda estava acostumada com um estilo quadrado, vide Fiat Uno Mille e VW Gol. O Corsa de primeira fase foi vendido por um período considerável por aqui, entre 1994 e 2001, enquanto o sedan virou Classic e perdurou até 2013. Mas no México o Corsa teve uma cara, digamos, diferente.
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Vale lembrar que no mercado brasileiro o Corsa foi vendido em duas gerações, a primeira de 1994 a 2013 (considerando o Classic chinês) e a segunda de 2002 a 2012 – quando a segunda geração deu origem ainda ao Corsa Sedan, a picape Montana e o monovolume Meriva. No Brasil o Corsa de primeira fase recebeu em 2000 um leve tapa visual nos faróis e lanternas – o famoso Corsa bolha, mas no México as mudanças foram mais pesadas.
No mercado mexicano o Corsa foi vendido como Chevrolet Chevy, passando a ser chamado de Chevy C2 quando recebeu sua primeira reestilização – bem mais extensa do que o hatch passou no Brasil. As diferenças ficam por conta da dianteira, que trocou os faróis ovais por um conjunto óptico maior em forma de gota, enquanto a grade dianteira também cresce e passou a trazer um friso na cor da carroceria.
O para-choque dianteiro ganhou entrada de ar maior localizada na porção central, com o detalhe de trazer acabamento em preto – algo que remete a tendência de design da Audi da época. Um spoiler também adorna toda a frente e se conecta nas molduras dos para-lamas.
Na traseira, por sua vez, as lanternas mantêm o formato, mas com o detalhe de trazer três elementos circulares. Quem é da época de customização tunning vai acabar lembrando do famoso Corsa Mutante que estampava as revistas nos anos 2000. Na traseira a tampa lisa dá lugar a outra com vinco na parte central e o logotipo dividindo, enquanto a placa foi deslocada para o para-choque. Por falar nele, assumiu linhas mais definidas e o spoiler é ligado nas molduras das caixas de roda.
Por dentro o Chevrolet Chevy C2 era uma verdadeira salada, pois misturava o interior do Corsa de segunda geração (famoso Corsa C) com o Corsa de primeira fase. O painel mesmo vinha do Corsa C mais novo, enquanto os painéis de porta eram do modelo antigo. Os comandos de ar-condicionado e bancos era também do Corsa B.
Segunda reestilização
O Chevy C2 ganhou outra reestilização em 2009, quando passou a ter visual inspirado no Chevrolet Aveo – outro hatch popular nos mercados do México e também da América do Sul. Adotava uma grade frontal de dimensões grandes, algo que foi repetido no Brasil naqueles tempos no até então novo Chevrolet Agile. Eram anos complicados para a GMdevi do à crise econômica que assolava o mundo pós-2008.
Além da grade dianteira maior com o logotipo da Chevrolet dourado na parte central (um friso dividia a peça), os faróis cresciam de tamanho e subiam até o capô dessa vez. Na traseira as novidades ficaram para as lanternas, agora sem os elementos circulares, enquanto a traseira trazia o novo emblema da Chevrolet. Detalhe que as rodas de liga-leve de 14 polegadas eram as mesmas do Classic pós-2010 e Prisma brasileiro.
Vale lembrar que, enquanto o famoso Corsinha de primeira fase no Brasil foi vendido apenas com motores 1.0, 1.4 e 1.6 (esse último mais famoso da esportiva GSi e nas versões completas GLS), o Chevy C2 mexicano sempre contou com o propulsor 1.4 de 52 cv de potência e 1.6 de 78 cv. Teve até opção de transmissão automática por lá, algo que ficou exclusivo para o Corsa Sedan da primeira fase por aqui.
No México o Chevrolet Chevy C2 parou de ser vendido em 2010, ano em que o Chevrolet Classic passava pela sua última atualização visual no Brasil, quando ganhou a mesma cara da versão chinesa. Por fim, vale dizer que o querido Corsinha aka Chevy C2 teve versões de quatro portas e também com carroceria sedan.
Repórter
Entusiasta de carros desde criança, achou no jornalismo uma forma de combinar paixão e profissão. É jornalista formado pela faculdade FIAM-FAAM e atua no setor automotivo desde 2014, com passagens por Auto+, Quatro Rodas e Motor1 Brasil.