Como é o último VW Fusca produzido no mundo
Neste final de semana é comemorado o Dia Nacional do Fusca, que foi oficializado pela própria Volkswagen para 20 de janeiro desde 1959. É inegável como o VW Fusca é um carro icônico e que atravessou gerações, sendo aquele tipo de veículo que todo mundo alguém tem uma história. Aproveitando essa data especial, vamos relembrar como é o último Fusca produzido no mundo.
Batizado de VW Sedan Última Edición (última edição, traduzindo do espanhol), o último Fusca de verdade fabricado na história foi em 2003, quando a primeira geração do besouro foi produzida na fábrica de Puebla, no México. A safra derradeira saiu numa versão batizada de 1600i Última Edición há 21 anos, cujo lote foi limitado a somente 3.000 unidades – montante considerado até grande para os padrões atuais de uma série especial, mas que de alguma forma atende a história gigante do modelo na indústria.
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Em sua trajetória o Fusca foi um veículo longevo, sendo produzido até 1978 na Alemanha (onde se chamava Käfer). No Brasil sua produção foi de 1959 a 1986 em sua primeira fase, sendo que foi “ressuscitado” em 1993 e produzido até 1996 – quando saiu de linha definitivamente. Por fim, no México, país onde mais se fabricou Fusca no mundo, sua produção perdurou de 1964 a 2003 – nada menos que 39 anos.
Como é o VW Sedan Última Edición 2003
O Volkswagen Sedan Última Edición 2003 teve o mesmo peso para os mexicanos como a VW Kombi Last Edition teve para os brasileiros, já que se tratava de uma série especial de despedida (polêmicas à parte quanto a tiragem da velha senhora nacional). Assim, a edição final do Fusca contava com tiragem de 3.000 unidades, sendo que 1.500 eram pintadas numa cor creme (LB1M Harvestmoon Beige) e a outra metade saia num belo tom azul-claro (LB5B Aquarius) – essa sem dúvidas seria sucesso ao redor das escolas do Brasil com a brincadeira do “Fusca azul”.
Foi em 30 de julho de 2003 que o último Fusca foi feito. Para tal ocasião, a Volkswagen o deixou com detalhes bem interessantes na carroceria que, além das duas opções de cores, contava com pneus de faixa branca, para-choques cromados com as tradicionais luzes de seta integradas (o Fusca mexicano já não trazia a sinalização nos para-lamas), além de rodas na cor da carroceria com calota cromada.
O Última Edición 2003 também carregava o logotipo Wolfsburg no capô acima da alça, além de vidros tipo fumê e acabamento cromado nas maçanetas e retrovisores. Por dentro, os destaques eram a plaqueta alusiva a série especial no porta-luvas, rádio com tocador de CDs e som com quatro alto-falantes e o volante igual ao da linha Gol com o centro trazendo também o logotipo de Wolfsburg.
Famoso pelos motores boxer arrefecido a ar, o último Fusca produzido no mundo saía da fábrica com um motor boxer quatro cilindros de 1,6 litro naturalmente aspirado, que entrega apenas 50 cv de potência. Já tinha injeção eletrônica (por isso o motor batizado de 1600i), enquanto o câmbio era manual de quatro marchas.
Repórter
Entusiasta de carros desde criança, achou no jornalismo uma forma de combinar paixão e profissão. É jornalista formado pela faculdade FIAM-FAAM e atua no setor automotivo desde 2014, com passagens por Auto+, Quatro Rodas e Motor1 Brasil.