Como funciona o aparelho que descobre se o motorista vai dirigir bêbado?
Durante a CES 2024, a Magna apresentou um aparelho capaz de impedir motoristas embriagados de dirigirem. A empresa de tecnologia canadense mostrou o produto já em fase de desenvolvimento durante a convenção realizada em Las Vegas, nos Estados Unidos.
O “bafômetro” funcionaria a partir de sensores instalados na cabine dos automóveis capazes de medir o teor de dióxido de carbono e etanol exalados pelo motorista. Determinando assim se o condutor está apto para seguir dirigindo.
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A tecnologia será rápida, barata, entre US$ 50 e 100, e
pouco intrusiva, já que basta apenas respirar normalmente para que o teste seja
realizado.
De acordo com a empresa, o produto será extremamente preciso, capaz de detectar concentrações de álcool no sangue igual ou acima de 0,008%, limite determinado por lei nos EUA.
Assim, caso o aparato chegue algum dia ao Brasil, precisará sofrer algumas alterações para conseguir identificar concentrações de álcool superiores a 0,006%. Essa é a porcentagem limite estabelecida pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito).
Nos casos do teste falhar, a Magna está também trabalhando em outra tecnologia, essa sim já em fase final de desenvolvimento. Nessa situação o teste é feito por uma câmera com sensores infravermelhos, posicionada logo acima da coluna de direção. O aparelho será capaz de detectar o nível de cansaço e sonolência do motorista por meio de leitura infravermelha da pupila, e assim julgar suas condições para dirigir – algo parecido com o que temos em Volvo EX30 e até GWM Haval H6 GT.
Vale lembrar que no ano passado cerca de 13 mil pessoas morreram nos EUA por conta direção embriagada, quase um terço das mortes relacionadas a trânsito no país.
O que fazer em caso de detecção
Com o desenvolvimento e apresentação dessa tecnologia, levantam-se certas perguntas como: o que fazer se o motorista estiver bêbado? Ainda não se sabe.
Na verdade, a intenção da Magna é jogar a decisão para as próprias montadoras, que podem criar mecanismos de defesa no carro para que ele não saia do lugar.
Bill Snider, presidente de eletrônicos da Magna comentou sobre qual é o objetivo maior do projeto em questão: “Estamos trabalhando com nossos clientes e com a indústria para dar um passo significativo no sentido de tornar as estradas mais seguras para todos que ascompartilham”.