Great Wall quer ser 1ª montadora a fazer só híbridos e elétricos no Brasil
Já falamos sobre a Great Wall Motor. É uma das maiores fabricantes de veículos da China (a maior de capital privado no país) e comprou a fábrica que antes pertencia à Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP). Lá, fabricará SUVs para abastecer o mercado brasileiro e de toda a América Latina.
Nesta quinta-feira (26), a gigante chinesa fez seu primeiro evento oficial no país, anunciando os primeiros passos de sua empreitada como fabricante instalada por aqui.
Entre os anúncios, prometeu ser a primeira fabricante instalada no Brasil a produzir somente modelos híbridos e elétricos, e entregar dez modelos em até três anos.
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A montadora iniciará as operações trazendo SUVs e picapes, e inclui as marcas Haval (SUVs on-road), Tank (SUVs off-road), Poer (picapes) e ORA (elétricos) nos planos para o Brasil.
O primeiro veículo será importado e chega no último trimestre deste ano. Já os modelos nacionais serão entregados no segundo semestre de 2023.
Segundo a empresa, os carros que virão ao mercado nacional ainda não existem, e serão lançados globalmente a partir de abril, no Salão do Automóvel de Pequim.
O primeiro produto deve ser um híbrido do tipo plug-in, equipado com motor 1.5 turbo de Ciclo Miller auxiliado por outros dois elétricos, que ficam nos eixos dianteiro e traseiro. O conjunto promete uma autonomia de até 200 km em modo 100% elétrico.
Além disso, a empresa confirmou que está adaptando as linhas do complexo no interior paulista para iniciar a produção entre 2022 e 23. Inicialmente, a planta terá capacidade para produzir 20 mil veículos por ano. A meta é expandir esse volume para até 100 mil unidades anualmente até 2025.
Isso porque, segundo a Great Wall, Iracemápolis fabricará modelos não apenas para o Brasil, mas será um polo de exportação para toda a América Latina.
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A fabricante assegura que os carros ali manufaturados não serão apenas montados via CKD, mas sim produzidos com alto índice de nacionalização.
O objetivo, no mesmo prazo de três anos a contar do início das atividades, é ter carros com índices de nacionalização de componentes na casa de 60%.
Por fim, de acordo com a Koma Li, chefe de operações da GWM no Brasil, os produtos a serem aqui fabricados chegarão já com nível 2 de condução autônoma - incluindo itens como frenagem autônoma de emergência, controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e assistente ativo de permanência em faixa - e preparados para conexão via internet 5G.
Tudo isso será possível a partir do uso de uma plataforma modular chamada Lemon (ou LMN), que a Mobiauto já detalhou neste outro artigo. Ela permite atualizações de software dos sistemas semiautônomos e de conrctividade por indução, e interação com o carro por voz.
A matriz prevê a construção de SUVs monobloco com até 70% de aços de alta resistência.
Leia também: Haval H6 e Jolion: como são os 2 SUVs que a Great Wall deve lançar no Brasil
Para colocar todo esse plano em prática, a Great Wall afirma que investirá mais de R$ 10 bilhões no país nos próximos anos, gerando até 2.000 empregos até 2025.
Entre 2026 e 2032 virá outro ciclo de investimentos, segundo a empresa, com aposta em veículos elétricos movidos a célula de combustível abastecida com etanol.
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Jornalista Automotivo