Japonês transforma Honda Civic em Dodge Challenger de gosto duvidoso
A criação de um automóvel conceito já é um grande desafio por si só. Nesse sentido, a Mitsuoka Motors resolveu ir além e mexer com o brio dos japoneses. A empresa asiática decidiu usar um Honda Civic de 11ª geração para criar um Dodge Challenger, batizado de M55. O projeto foi uma celebração ao 55º aniversário da pequena montadora japonesa.
A ousadia transformou o design do Honda em linhas nada suaves e carroceria musculosa inspiradas no Challenger dos anos 1970. Entretanto, o objetivo da Mitsuoka era criar um conceito com visual retrô, mas o resultado ficou longe do esperado.
Você também pode se interessar:
- Audi TT, eterno carro de playboy, vai se despedir com edição especial
- Avaliação: novo Honda Accord é híbrido mais justo que o Civic
- Honda Civic híbrido vira picape multifuncional que puxa até 2 toneladas
- Nissan March vai virar elétrico com visual ousado e toque de Renault
Em termos visuais, a Mitsuoka trouxe as linhas que marcaram esse tipo de veículo nas décadas passadas. Portanto, em relação ao Civic convencional, o conceito ganha para-choques mais volumosos.
Por outro lado, o visual dianteiro se parece mais com os modelos do Dodge Challenger atuais. Na parte traseira, as opções de lanternas e frisos ficaram ao estilo do Ford Mustang com persianas que levam até o spoiler integrado.
Agora, caso a empresa japonesa tenha direcionado seus trabalhos apenas para fantasiar o Civic em um muscle car da indústria americana para o aniversário da montadora, a finalidade foi alcançada. A criação da Mitsuoka em 1968 coincide com o início da primeira era de ouro dos muscle cars na década de 1970.
O M55 leva faróis redondos quádruplos, com a grade recuada como parte de para-choque unido ao capô, como um Challenger atual. Ponto para os japoneses.
Embaixo do Capô, nada de ronco e vibração ao melhor som de um V8. O propulsor continua o 1.5 turbo de 182 cv do Civic japonês. Outra diferença importante no comparativo fica na tração, que é dianteira em vez da traseira como no Dodge Challenger. A transmissão permanece a automática do tipo CVT com simulação seis marchas. As rodas maiores também dão ao carro uma imponência maior do que o um hatch médio como o Civic teria.
Por fim, o interior minimanilista característico da Honda permaneceu. A exceção são os bancos e do logo do volante, que foram trocados. Os estafados, inclusive, ficaram com aspecto de capas usadas por motoristas de aplicativos na parte central, principalmente por conta dos furos distribuídos no encosto e assento.
Repórter
Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.