Lamborghini que chega a 325 km/h vira viatura de polícia no Brasil
A Polícia Federal do Estado do Paraná nunca esteve tão bem no que se trata de transporte. Integra agora a frota de viaturas um Lamborghini Gallardo LP 560-4 com motor 5.2 V10 de 560 cv e 55,1 kgfm. O superesportivo vai de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos e pode chegar até 325 km/h, e está avaliado em cerca de R$ 800 mil.
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O câmbio é automatizado de seis marchas e o supercarro tem tração integral. O ano-modelo não foi informado, mas já deve ter alguns bons quilômetros rodados, já que a marca italiana deixou de produzir o Gallardo em 2013, para substituí-lo pelo Huracán.
Mas como um superesportivo de uma das marcas mais renomadas e desejadas foi parar na frota da polícia brasileira? O Lamborghini Gallardo é fruto da Operação Daemon. O modelo foi aprendido em julho, após a polícia apurar uma série de fraudes cometidas por um grupo empresarial que negociava criptomoedas.
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O carro pertencia ao empresário Cláudio José de Oliveira, chamado de “rei do bitcoin”. Ele é acusado de desviar R$ 1,5 bilhão em transações de compra e venda de criptomoedas.
Mas não se anime muito, porque dificilmente você verá este “Lambo” perseguindo bandidos a 300 km/h no Brasil. Tampouco algum transgressor da lei terá o privilégio de ser capturado e levado para a cadeia a bordo dessa máquina. Por um motivo simples: a PF não está autorizada a realizar perseguições com o superesportivo.
Apesar da potência que tornaria quase impossível perder de vista qualquer fugitivo, o modelo não terá essa finalidade. Muito menos para o transporte de detentos. Enquanto o modelo estiver sob poder da polícia, será usado em causas nobres, como eventos e ações pedagógicas de repressão ao crime organizado.
O carro já está adesivado com o brasão da PF, mas em breve será devolvido à Justiça Federal, que irá leiloá-lo para indenizar as pessoas prejudicadas pelas ações da organização criminosa.
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Tem Lamborghini, Porsche e BMW
A Polícia Rodoviária Federal teve parte da sua frota renovada na última quarta-feira (18), quando a corporação comemorou aniversário de 93 anos. Sete modelos apreendidos de organizações criminosas passaram a compor a frota da PRF.
Entre os modelos estão: Range Rover Velar P300 SE R-Dynamic Porsche Cayenne GTS, Mercedes Benz E300, BMW 330I M Sport 2.0, BMW 320I 2.0 e Jeep Grand Cherokee. Mas quem realmente chamou atenção foi a picape Toyota Tundra 5.7 V8, que nunca foi comercializada oficialmente no Brasil.
Pelo menos o transporte não será mais problema para a PRF. A frota está avaliada em mais de R$ 2 milhões e o modelo mais barato da lista custa mais de R$ 250 mil. Essa foi uma forma que a Justiça Federal encontrou para mostrar que o crime não compensa.
Confira mais detalhes do Porsche e BMW que virarem viaturas
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A faculdade me fez jornalista, a vida me fez aficionada por carros esportivos e adrenalina. Unindo paixão e profissão, realizo a missão de conectar pessoas com o universo automotivo, mas confesso que já tentei pilotar um kart e não deu muito certo.