Novo navio voador elétrico é “galinha” dos meios de transporte
Os carros voadores sempre estiveram em nosso imaginário e, inclusive, parecem se tornar cada vez mais realidade. Agora, porém, essa ambição parece se estender a outros meios de transporte; é o caso do novo navio voador elétrico que quer revolucionar o transporte marítimo sustentável como conhecemos.
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O projeto em questão foi apresentado há algumas semanas pela startup norte-americana Sea Cheetah, sediada em Miami, com o nome de Sea Cheetah WIGE, e trata-se de um navio voador movido por motores elétricos alimentados por hidrogênio.
A aeronave/navio ainda está em fase de desenvolvimento de seu design, mas a ideia é que ela seja capaz de transportar tanto passageiros como cargas sem emissões de carbono, a partir do fenômeno do efeito solo.
Aos que não sabem, o efeito solo é um tipo de ocorrência que se dá quando um avião ou aeronave voa muito próxima da superfície terrestre. Essa distância reduzida gera uma compressão de ar entre as asas e o solo, o que acaba por dar uma maior sustentação ao objeto voador. É isto que o Sea Cheetah WIGE tentará fazer uso.
O veículo usará a tecnologia Wing-in-Ground Effect (WIGE) - daí seu nome - que o permitirá viajar a apenas alguns metros da superfície da água – tal qual um voo de galinha. Espera-se que a partir disso o navio ganhe autonomia e diminua seu consumo de energia.
Justamente por essa exploração do efeito solo, o conceito conta com um visual que remete bastante a uma aeronave tradicional, com asas espessas, aletas em suas extremidades e dois motores posicionados em seu extradorso. Apesar de seu design, o veículo não será homologado como aeronave nos Estados Unidos, mas sim como embarcação marítima.
Além do efeito solo, os motores elétricos serão alimentados por hidrogênio, como já comentado. A substância, que pode ser armazenada tanto de forma líquida quanto gasosa, possui maior densidade energética que uma bateria tradicional, o que pode aumentar ainda mais sua autonomia.
Parceria para rede de abastecimento
Vale dizer que o projeto não é tocado apenas pela Sea Cheetah, mas sim fruto de uma parceria entre a empresa e a H3 Dynamics. A colaboração, além do desenvolvimento da embarcação, visa estabelecer uma rede de produção e distribuição de hidrogênio.
Possíveis desafios
Apesar das inovações técnicas e possibilidades energéticas que o projeto oferece, vale dizer que algumas questões são levantadas. Por se tratar de um navio, espera-se que ele seja atingido por ondas e agitações marítimas, o que pode vir a prejudicar sua estabilidade de voo.
Sua integração ao tráfego marítimo também é questionada, visto sua possível velocidade bem superior aos outros navios tradicionais. Deste modo, o novo navio voador elétrico necessitará ser equipado com sistemas de segurança específicos para se ajustar em meio aos outros transportes marítimos convencionais.