Por que a Anfavea quer antecipar aumento de impostos para carros elétricos e híbridos
A Mobiauto já trouxe anteriormente a questão sobre a taxação da União Europeia e dos Estados Unidos sobre os carros importados da China, medidas que foram tomadas recentemente contra os elétricos e híbridos do país asiático. Vale lembrar que o Brasil começou a taxar, independente da origem do carro, modelos importados híbridos e elétricos desde o início de 2024.
A questão é que tal alíquota incidente sobre esses carros importados híbridos e elétricos, que terá aumento progressivo no decorrer dos anos, pode ter o maior imposto antecipado se depender da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Você também pode se interessar por:
- Carro elétrico chinês em risco? Europa taxará veículos da BYD, GWM e outras
- Fabricantes chinesas querem taxar veículos europeus a combustão em 25%
- IPVA de híbridos e elétricos: veja quais Estados oferecem isenção
- PIS/Cofins sobre o diesel: o que muda com a volta do imposto integral
Isso porque em um seminário promovido pelo portal AutoData, o presidente da Anfavea afirmou que o setor está solicitando ao governo a antecipação do imposto sobre importação de 35% de maneira imediata.
É importante relembrar que o imposto de importação foi retomado em janeiro de 2024, com tarifas menores, que atingiriam os 35% somente em julho de 2026. Confira abaixo a tabela do plano inicial de importação:
Híbrido |
Híbrido
Plug-in |
Elétrico | |
Janeiro/2024 |
12% | 12% | 10% |
Julho/2024 |
25% | 20% | 18% |
Julho/2025 |
30% | 28% | 25% |
Julho/2026 |
35% | 35% | 35% |
A solicitação da entidade ainda precisa ser aprovada pelo Governo Federal para entrar em vigor, contudo, isso já indica um pé atrás da Anfavea em relação a competitividade do mercado. Vale lembrar que a GWM já adquiriu a antiga fábrica da Mercedes em Iracemápolis (SP), enquanto a BYD possui sua fábrica em Camaçari (BA).
Recentemente a BYD achou uma forma de driblar o imposto que aumentará agora em julho, cujo percentual chegará a 25%. Com isso a gigante chinesa tratou de importar cerca de 60 mil carros antes do novo reajuste da alíquo, inclusive com o BYD King, modelo que na época nem havia sido lançado, assim conseguindo manter um preço competitivo de mercado.
Receba as reportagens da Mobiauto via Whatsapp
Jornalista Automotivo