Programa Mover: substituto do Rota 2030 tem como foco os veículos híbridos flex
O Congresso Nacional aprovou na última terça-feira (11) por 380 votos a favor e 26 contra o Programa de Mobilidade Verde e Inovação (MOVER), que possui como foco a mobilidade sustentável em busca da redução das emissões de carbono.
O projeto já estava em vigor desde o começo do ano após a assinatura de uma Medida Provisória pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O programa Mover substitui e amplia o antigo Rota 2030. Agora, após aprovação no congresso, o projeto só depende da sanção presidencial.
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O foco principal do programa Mover como está em incentivar a descarbonização do meio ambiente, e foi desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além de outras instituições, como a ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
No programa MOVER, o cálculo “tanque a roda” em relação a emissão de poluentes é colocado de lado e o que passa a valer é uma conta chamada de “poço a roda”. Dessa forma, as emissões passarão a ser medidas desde a produção do veículo e do combustível. Além do mais, o programa inclui agora “todas as modalidades de veículos capazes de reduzir danos ambientais”, incluindo até mesmo bicicletas e motos.
Em 2027, o programa vai ainda mais longe, utilizando o sistema “do berço ao túmulo”, medindo a emissão de carbono completa, desde a extração do petróleo ou plantio da cana no caso do etanol, até o fim da vida útil do veículo.
O Governo brasileiro também irá incentivar as empresas, totalizando cerca de R$ 19 bilhões em crédito até o final do programa, em 2030.
Para receber esse aporte de crédito, as fabricantes possuem a necessidade de destinar 0,3% a 0,6% da receita operacional bruta em pesquisa e desenvolvimento, ou seja, a cada um real investido a empresa receberá entre R$ 0,50 e R$ 3,20 em créditos para abater impostos da Receita Federal.
Com isso, o foco governamental está no uso de etanol, fazendo com que as fabricantes apostam nos motores híbridos flex, para acelerar ainda mais a descarbonização. No Brasil, o motor com essa tecnologia já é realidade em veículos da Toyota, enquanto a Stellantis já anunciou o lançamento de um veículo híbrido flex ainda em 2024.
Jornalista Automotivo